Está na lei: animais silvestres são protegidos e qualquer ação contra eles é crime! Inclusive destruir ou remover ninhos. Infelizmente, há muito preconceito contra algumas espécies, como os urubus. Ao contrário das aves canoras de plumagem colorida e beleza ímpar, nosso estimado urubu é preterido só porque exerce a função de “faxineiro” da natureza, alimentando-se de animais mortos e de lixo. Para piorar ainda mais o quadro, o homem está cada vez mais “próximo” das áreas verdes...

“O munícipe se incomoda porque o urubu faz ninho em lugares muito esquisitos, como na varanda, no telhado e na casa de máquinas da piscina; elas temem pelo porte e aspecto da ave ou pelo mau cheiro que o alimento trazido pode ocasionar”, explica a bióloga Juliana Summa, diretora da Divisão de Fauna da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA). O empenamento todo negro e o porte enorme dos urubus os tornam um tanto assustadores, porém essas aves devem ser respeitadas e protegidas.

Portanto, não remova os ninhos, pois o filhote depende da mãe durante os primeiros três meses e só abandonará o porto seguro quando tiver autonomia de voo. Antes de pensar em eliminar um ninho de urubu, vença o preconceito. Lembre-se que os urubus são “funcionários exemplares” da natureza no desempenho da função de “limpeza”. Portanto, mantenha o ninho intacto até que o filhote consiga voar e preserve nossa biodiversidade. Os jovens urubus e seus familiares agradecem desde já sua sensibilidade!