II Seminário Internacional da URB-AL Rede 7

Representantes das cidades de São Paulo, Rosário (Argentina), Barcelona (Espanha) e da região da Toscana (Itália) estiveram reunidos nos dias 24, 25 e 26 de outubro para realização do II Seminário Internacional da URB-AL – Rede 7, programa de cooperação descentralizada criado e co-financiado pela Comissão Européia para intercâmbio entre cidades da UE e da América Latina para combater a pobreza urbana. Compreendendo diferentes áreas de atuação, a Rede 7 é a que trata do controle e gestão da pobreza urbana. O encontro cumpriu mais uma etapa para discussão e formulação de políticas urbanas locais, que atendam a necessidade das populações de obter eqüidade nas questões relativas ao solo e à moradia.
O seminário “O acesso ao solo e à habitação social em cidades grandes de regiões metropolitanas da América Latina e Europa” resulta de uma proposta lançada pela Secretaria Municipal de Habitação em março de 2003, por ocasião de sua participação no I Seminário Internacional da Rede 7, em Barcelona, quando candidatou-se e foi aprovada a coordenar um Projeto Comum do Tipo A, da URB-AL, projeto que trata de experiências teóricas e estudos temáticos no campo das políticas urbanas.
Com exceção da delegação de Buenos Aires, cidade sócia cujos representantes não puderam comparecer, estiveram presentes no auditório do Banco do Brasil arquitetos, urbanistas, técnicos e autoridades, funcionários de Resolo, de Habi, alunos da graduação e pós-graduação da FAU – USP, além de outros quadros de apoio. A abertura dos trabalhos foi feita com palestra do secretário municipal de Habitação Orlando Almeida Filho, seguido pela fala de Elisabete França, superintendente de Habitação Popular e de Ana Lúcia Sartoretto, diretora do Depto. Técnico de Resolo, responsável pela organização e realização do Seminário.
No primeiro dia do evento foram apresentados os diagnósticos de Barcelona, Rosário, São Paulo e Região Toscana. O dia seguinte foi ocupado por uma visita à favela Paraisópolis, segunda maior favela da Capital, com cerca de 80 mil habitantes, objeto de ousado projeto de Regularização e Urbanização Fundiária do governo municipal. Lá, os visitantes estrangeiros conheceram uma das favelas mais emblemáticas do problema habitacional brasileiro, obtendo dados e travando experiência direta com uma questão cujas dimensões não diferem muito das de suas cidades.
Ao final dos trabalhos serão produzidos 5 diagnósticos locais, o diagnóstico geral e um documento de recomendações, apontando as contribuições do Programa para reduzir o enorme déficit habitacional, problema que aflige as grandes cidades.