Edifício São Paulo: Prefeitura entrega 152 apartamentos populares no Centro

 
Edifício São Paulo, agora restaurado

Localizado a poucos metros da estação de metrô Anhangabaú, quase na esquina da avenida 9 de Julho, no Centro, o prédio de 22 andares passou por ampla reforma e conta agora com 152 apartamentos que beneficiarão o mesmo número de famílias.

O prefeito de São Paulo inaugurou oficialmente nesta quarta-feira (20/12) o novo edifício São Paulo, conhecido por abrigar, desde a década de 40 do século passado, um hotel que levava o mesmo nome da cidade. Localizado a poucos metros da estação de metrô Anhangabaú, quase na esquina da avenida 9 de Julho, no Centro, o prédio de 22 andares passou por ampla reforma e conta agora com 152 apartamentos que beneficiarão o mesmo número de famílias.

Metade dos imóveis será destinada ao Movimento do Fórum dos Cortiços da região central da cidade. Outra parte vai para pessoas cadastradas no site da Companhia Metropolitana de São Paulo (Cohab). Os primeiros moradores poderão se mudar em breve.

Abandonado durante mais de 30 anos, o antigo hotel foi ocupado por famílias de sem-tetos. A restauração do edifício faz parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) da Prefeitura, em parceria com a Caixa Econômica Federal, que libera os recursos. Visa recuperar os prédios abandonados, transformando-os em moradias dignas para famílias de baixa renda, sobretudo para sem-teto e moradores de cortiços. Ligado à Secretaria Municipal de Habitação, o PAR procura inibir invasões em prédios públicos, ajudando a revitalizar o Centro de São Paulo.

Para recuperar prédios localizados no Centro, a Prefeitura mantém parceria com a Caixa Econômica Federal, por meio da Secretaria Municipal de Habitação e da Cohab. No caso do Edifício São Paulo, a Cohab fez o projeto de reforma e a Caixa custeou as obras, no valor de R$ 4,6 milhões. O valor de cada apartamento é de cerca de R$ 30,7 mil.

O PAR financia moradias a famílias que recebem até cinco salários mínimos, por meio de taxas de arrendamento. Funcionam como aluguel. Os valores variam entre R$ 180,00 a R$ 200,00, e não são fixos. A definição depende da renda do morador e do valor do imóvel. Depois de 15 anos, os moradores tornam-se proprietários dos apartamentos.

“Os desafios a serem superados na cidade de São Paulo são gigantescos. A transformação do antigo Hotel São Paulo em prédio residencial é antiga reivindicação das famílias de baixa renda”, afirmou o prefeito Kassab. O edifício foi desapropriado com recursos do Fundo Municipal de Habitação (FMH) e depois transferido sem ônus para a Caixa.

Entre os critérios para se tornar proprietário dos novos apartamentos, estão os seguintes: residir em áreas de risco, ter sido incluído em programas de atendimento habitacional provisório, trabalhar em local próximo à unidade habitacional ou pertencer a família com pessoa portadora de deficiência ou mobilidade reduzida. É dada prioridade para idosos. Outro critério é a verificação do tempo de residência em São Paulo. O interessado não pode possuir imóveis no município.

No momento estão em desenvolvimento em São Paulo 57 empreendimentos habitacionais com recursos do PAR. Totalizam 5.119 moradias populares. As construções estão sendo realizadas em terrenos da Prefeitura. A atual administração municipal já entregou 13 empreendimentos, num total de 2.987 unidades habitacionais.