Diário Oficial

Com o objetivo de encontrar soluções para o grave problema do déficit habitacional em São Paulo, o prefeito da Cidade anunciou ontem uma parceria entre a Prefeitura, o Governo do Estado e a Caixa Econômica Federal (CEF). Os três níveis de governo vão assinar amanhã, dia 22 de dezembro, um convênio para a construção de novas moradias populares na região central de São Paulo. O anúncio foi feito durante a reinauguração do Edifício São Paulo.
Por meio do convênio, caberá à Prefeitura destinar terrenos para a construção das habitações. Os governos estadual e federal vão entrar com recursos para erguer as moradias. A parceria vai baratear o custo das unidades. “Desse modo, as condições serão mais acessíveis para aqueles que não possuem casas próprias. Daremos um salto na política habitacional da cidade de São Paulo”, disse o prefeito.
Assim como foi feito com o Edifício São Paulo, a idéia é reformar prédios abandonados na região central da Cidade, transformando-os em moradias dignas para a população carente. No momento, três prédios do Centro de São Paulo já estão em reforma. Eles estão localizados nas ruas Senador Feijó, Asdrúbal do nascimento e Riachuelo. No total, serão construídas aproximadamente 220 novas unidades habitacionais. A conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2008.
De acordo com o secretário municipal de habitação, a Prefeitura quer aproveitar a parceria para expandir a construção de novas moradias na periferia: “Esta união entre a Prefeitura e os governos estadual e federal vai possibilitar que tenhamos quase uma linha de montagem para entender as pessoas menos favorecidas que ganham de um a três salários mínimos”.
Para o secretário, nas regiões da Sé, República, Barra Funda, Campos Elíseos, Santa Efigênia, Cambuci e Glicério existem pelo menos 300 prédios, com um total de 10 mil apartamentos, que poderiam ser transformados em habitações populares. Ele ressaltou que a prioridade da Prefeitura tem sido urbanizar favelas, com instalação de redes de esgoto, água, contenção das áreas de risco e melhoramento do sistema viário.