CPPU: Projeto para revitalização da Liberdade é aprovado por Comissão

PMSP

Elementos de alta teconologia, presentes nos países asiáticos, e características do Século XVII vão estar presente no projeto de revitalização do bairro da Liberdade, aprovado pela Emurb, com a idéia de juntar o antigo e o novo.

O bairro da Liberdade poderá ter características orientais do Século XVII com elementos de alta tecnologia do Século XXI, tão presente nos países asiáticos nos dias de hoje. Essa é a idéia do projeto de revitalização da região, aprovado na última terça-feira (23/10) pela Comissão de Proteção da Paisagem Urbana (CPPU). “A idéia é juntar o antigo com o novo, caracterizando uma cidade oriental do Século XVII com a tecnologia que os asiáticos desenvolveram”, afirma a diretora da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e membro da CPPU.

O projeto, desenvolvido pelo arquiteto Márcio Lupion, com apoio de uma ONG e de comerciantes da Liberdade, prevê adereços orientais artesanais, telhas, bandeiras, lanternas, bambus imperiais, entre outros, e recursos de última geração, a exemplo de imagens virtuais noturnas de um dragão sobrevoando o bairro. Outra novidade deverá acontecer para quem parar em frente a uma vitrine de roupas e ver sua imagem transposta para dentro da vestimenta, através de câmeras, e ser recebido na loja por uma recepcionista holográfica (via imagens virtuais).

Orçado em cerca de 45 milhões de reais, o projeto será custeado pela iniciativa privada. Ele também deverá incluir a reforma de quatro viadutos, que receberão motivos orientais, e de jardins, como o localizado entre as ruas da Glória e Conselheiro Furtado, que deverá receber um Buda em pedra com 6 metros de altura.

Outro importante ponto do projeto é o respeito à Lei Cidade Limpa, já que os painéis indicativos das lojas deverão ter um tamanho ainda menor do que o limite permitido pela Lei, dependendo do tamanho da fachada da loja. Tomou-se o cuidado ainda de planejar os ornamentos das ruas de acordo com as tradições e cultura das diferentes comunidades orientais da Liberdade, das quais a japonesa, chinesa e coreana. “A idéia é que as pessoas tomem posse do espaço urbano”, comenta Márcio Lupion.

Um dos requisitos para aprovação do projeto pela CPPU foi a exigência de que os proprietários de imóveis do bairro concordassem com a idéia, o que foi obtido pelos autores do projeto.