Com investimento de R$ 6 bilhões, Prefeitura comprará mais de 38 mil unidades habitacionais para famílias de baixa renda

Iniciativa integra a primeira fase das aquisições do programa Pode Entrar. Novo edital será lançado para compra de outras 20 mil unidades. Avaliação dos valores para aquisição será feita pela Caixa Econômica Federal.

Prefeito Ricardo Nunes e Secretário João Farias em coletiva Prefeito Ricardo Nunes, Secretário de habitação João Farias e Secretário de Governo Edson Aparecido em coletiva

A Prefeitura de São Paulo irá adquirir 38.870 unidades habitacionais na primeira fase do chamamento de aquisição do programa habitacional Pode Entrar com um investimento de mais de R$ 6 bilhões. O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes, na manhã desta quarta-feira (22), e a iniciativa também prevê a compra de outras 20 mil moradias em uma nova fase do programa. Com isso, a gestão municipal deve entregar, iniciar a construção ou fazer a contratação de mais 100 mil unidades habitacionais. A relação das empresas selecionadas nesta primeira fase do chamamento com o valor de todas as unidades por empreendimento e o custo total será publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (23).


Segundo o prefeito Ricardo Nunes, a prioridade é para as cerca de 22 mil famílias que hoje estão no Auxílio Aluguel , e a avaliação dos valores para aquisição das moradias será feita pela Caixa Econômica Federal. “A minha grande preocupação é fazer a aquisição pelo valor correto, que a gente tenha risco zero de pagar mais do que a unidade habitacional vale”, disse. “A Caixa tem um histórico de avaliação dentro da política habitacional e isso nos dá muita segurança”, completou.


O valor mínimo das prestações será de R$ 150 e quem for classificado terá um valor de teto de 15% da sua renda familiar, com uma parcela máxima de R$ 594 já que o teto será de três salários-mínimos. “As parcelas não terão juros e podem ser divididas em 30 anos, totalmente subsidiadas pela Prefeitura de São Paulo”, garantiu o prefeito.
A divisão das 38.870 unidades habitacionais por região será feita da seguinte forma:


Zona Leste – 9.173 unidades
Centro – 7.739 unidades
Zona Norte – 7.702
Zona Oeste – 8.074
Zona Sul - 6.182


O secretário municipal de Habitação, João Farias, explica que das 7.739 moradias previstas para o Centro, serão contratadas 1.017 e as restantes devem ser utilizadas em outras áreas. “A gente teve um número bem abaixo, que já se esperava, até por conta das características da região, do que poderia ser selecionado e contratado para o Centro”, disse. “Utilizamos a sobra do Centro para dividir para as outras regiões como a Zona Leste, por exemplo, que está adquirindo uma parte”, completou.


A ação para compra de unidades habitacionais foi possibilitada pelo Pode Entrar, que tem como objetivo atender a política de habitação social do município com aquisições em grande quantidade e em um curto período, possibilitando maior celeridade no atendimento das famílias que aguardam por moradia na cidade e a expectativa é que, após a resolução da parte burocrática, as moradias possam ser entregues em 24 meses.


A iniciativa inova ao possibilitar a mobilização do mercado de construção para atendimento em escala da demanda por habitação social e por propiciar mecanismo que oferece aos construtores maior segurança jurídica e financeira, prevendo a disponibilização da integralidade dos valores necessários para a construção dos empreendimentos em contas de movimentação restrita.


Balanço

Desde janeiro de 2021, a Prefeitura de São Paulo já entregou 5.962 unidades habitacionais. Neste momento, está sendo feita a construção de outras 15.533. Além disso, a administração municipal já tem 28.849 unidades habitacionais contratadas para início de construção, totalizando 50.344 unidades entre as entregues, as que estão em obras e as que estão contratadas. Outras cinco mil unidades já prontas serão adquiridas após a liberação do Tribunal de Contas do Município.


Nunes destacou que a administração municipal vem fazendo o maior programa habitacional da história da cidade já que, somando as 38.870 unidades habitacionais que serão adquiridas com o que já foi entregue e as unidades que estão em obras ou serão contratadas, a gestão chegará a 94.214 unidades habitacionais. “Mesmo assim, nós ainda não estamos satisfeitos, assino hoje um autorizo para que a Secretaria da Habitação faça o chamamento para aquisição de mais 20 mil unidades habitacionais. Vamos superar em muito mais de 100 mil unidades habitacionais entre as entregues, as que estão em obras e as que estão contratadas”, garantiu.


Geração de empregos

A política habitacional do município representará a criação de 100 mil empregos na área da construção civil. “São reflexos diretos na economia da capital, além da liberação de mais R$ 10 milhões de reais por ano, investidos no auxílio aluguel, que poderemos realocar para outras políticas públicas”, declarou João Cury, diretor-presidente da COHAB.
De acordo com ele, as escrituras dos imóveis serão feitas nos nomes das mulheres e serão priorizadas determinadas populações da capital, como as pessoas com deficiência.


Pode Entrar

Criado por meio da Lei 17.638/21, o programa Pode Entrar foi desenvolvido na gestão do prefeito Bruno Covas e transformado em lei pelo prefeito Ricardo Nunes. Tem como objetivo ampliar e facilitar o acesso à moradia por meio de mecanismos inovadores, possibilitado a construção de empreendimentos habitacionais de interesse social, a requalificação de imóveis urbanos e, também, à aquisição de moradias. Uma forma de garantir que a cidade tenha menos custos, maior agilidade, mais famílias atendidas e redução no prazo de entrega das unidades.