Prefeitura inaugura no Pari a maior Vila Reencontro da cidade, com 100 moradias para abrigar famílias em situação de rua e capacidade para 400 pessoas

Instalado em terreno com mais 8.800 m², serviço tem foco na autonomia, em que cada família permanece entre 12 e 24 meses e deve participar de capacitações profissionais

Ter a oportunidade de deixar de viver na rua e levar os filhos para um lar foi como encontrar uma luz e sair de um túnel escuro, na opinião da auxiliar de limpeza Marcela Santille, de 42 anos, que compõe uma das 100 famílias em situação de rua que vão morar na Vila Reencontro Pari, inaugurada nesta segunda-feira (9) pelo prefeito Ricardo Nunes. A prioridade das vilas é acolher famílias com filhos.

“Eu já estava pensando em colocar os meus filhos em um abrigo por não ter lugar para ficar com eles. Ficava na chuva, dormindo em barraca, eles pediam as coisas e não tinha, mas hoje eu tenho a oportunidade de poder ter tudo o que eles pedem”, disse Marcela ao lado do marido e dos filhos, de 2 e 4 anos.

Agora, a família vive em uma casa modular de 18m², com banheiro, pias, mobiliada, onde recebem diariamente café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. “Agradeço muito a Deus por estar aqui hoje e poder ter a minha vida de volta, voltar a trabalhar e colocar os meus filhos na escola.”

O prefeito Ricardo Nunes falou da sensação de entregar habitações e acolher pessoas em situação de rua com moradia e oportunidades para que recebam qualificação para voltar ao mercado de trabalho e ter autonomia. “Eu me emociono muito, pois sabemos o que é o sofrimento dessa população e o quanto esse tema acabou sendo politizado em troca de visibilidade, mas o que precisamos é que todos os agentes se deem as mãos para fazermos ações de políticas públicas para as pessoas saírem das ruas e poderem ter o seu teto, o seu banheiro, o seu chuveiro, a sua condição de dormir com a família com segurança e tranquilidade”, afirmou Nunes.

O programa é focado na conquista da autonomia dos usuários por meio da reinserção no mercado de trabalho e da reconstrução dos vínculos sociais e familiares. Cada família pode permanecer entre 12 e 24 meses nas moradias transitórias e deve participar de capacitação profissional e outros atendimentos sociais com o objetivo de ganho de independência.

O secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), Carlos Bezerra, ressaltou a importância da Vila Reencontro para o preparo de seus moradores de forma global. “São Paulo entrega hoje um modelo de dignidade nunca antes feito na cidade. As duas primeiras vilas já têm 78 pessoas com saída qualificada, 22 famílias que conquistaram autonomia para irem para a sua própria moradia, com emprego ou que buscaram instrumentos para voltar à sua cidade de origem”, afirmou durante a inauguração.

 

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