A trama apresenta um homem imerso em um lar cercado de meias verdades, na companhia de sua mulher, sua filha e seu pai. Essa situação sofre profundas modificações quando um amigo de infância, em busca de justiça a todo custo, reaparece e procura revelar a parte escondida das verdades que sustentam as relações dessa família. Depois disso, o enredo passar a discutir sobre as verdades necessárias e as mentiras indigestas que tornam a vida cotidiana suportável.
Na releitura feita pela companhia, o texto foi adaptado para contextualizar o drama familiar às questões contemporâneas. “Em certos momentos, no palco, os personagens são revistos como avatares de videogames ou bonecos infantis para atualizar a estrutura típica de um drama do século 19”, afirma um dos atores, Carlos Canhameiro, responsável também pelo texto final.
A montagem utiliza recursos multimídia, como a tecnologia de “videomapping”, que produz projeções para serem desenhadas sobre os figurinos, todos na cor branca, e em espaços específicos do cenário composto por placas móveis de 3 metros de altura e manipuladas durante a encenação.
Embalada por uma sonoridade eclética, a trilha é composta por canções gravadas e outras executadas ao vivo, mesclando músicas dos anos 1970 com baladas atuais. O espetáculo tem apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro.
Serviço: Teatro João Caetano. Zona Sul. De 5 a 27. Sáb., 21h. Dom., 19h. Grátis (retirar ingresso uma hora antes)