Parlapatões encenam peça no Teatro Arthur Azevedo

Adaptado por Hugo Possolo, o espetáculo 'O papa e a bruxa' entra em cartaz, dia 7, a preço popular

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De um lado, o posto máximo da Igreja Católica, do outro, o ser supremo da feitiçaria. Juntos, ou alternando-se no poder, os protagonistas da peça O papa e a bruxa, do grupo Parlapatões, envolvem os diversos personagens e o público em pequenas situações que vão desde os conflitos religiosos até o tráfico de drogas. Pautado pelo humor, que acompanha toda a narrativa, o espetáculo entra em cartaz, dia 7, no Teatro Arthur Azevedo.

Escrito originalmente pelo italiano Dario Fo, o texto ganhou adaptação de Hugo Possolo, que também dirige e atua na peça, ao lado de nove atores. Da primeira tradução, de Luca Baldovino, em meados de 1995, para a montagem final, em 2009, a história tomou forma com a vinda do Papa Bento XVI ao Brasil, em 2007, quando algumas das ideias defendidas ou ocultadas pela Igreja voltaram a ser questionadas com maior ênfase.

Com uma tônica mais brasileira, a adaptação inicia com a crise física e mental do papa, que culmina no encontro com uma freira curandeira. A partir disso, diversos personagens entram em cena para contornar o problema e pontuar o jogo de domínio, implícito em qualquer relação. Do dublê aos assessores de imprensa, do médico ao consultor pessoal, os atores se alternam em cenas inusitadas e se encontram para colocar em xeque, de forma irônica, pensamentos desatualizados sobre a sociedade.

A primeira temporada da peça aconteceu no Espaço Parlapatões, sede do grupo, de agosto de 2009 a março deste ano, quando foram convidados a participar da mostra oficial do Festival de Teatro de Curitiba (Fringe), no qual foram aplaudidos por quase 15 minutos, após a encenação.

Serviço: Teatro Arthur Azevedo. 480 lugares. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste. Tel. 2605-8007. Estacionamento próprio. De 7/5 a 13/6. 6ª e sáb., 21h. Dom., 19h. R$ 10