Nascido na cidade de Tóquio, em 1903, Ozu se interessou por cinema ainda na adolescência, época em que assistiu a diversas sessões realizadas por um exibidor ambulante. Em 1922, conseguiu um emprego nos estúdios Shochiku. Cinco anos depois, dirigiu seu primeiro longa-metragem, A espada da penitência.
Até o início da Segunda Guerra Mundial, o cineasta produziu diversas comédias burlescas, mas o envolvimento do Japão no conflito motivou uma virada drástica em sua vida. Ele foi enviado para Singapura, onde conheceu o cinema norte-americano moderno. Pouco tempo depois, foi preso e condenado pelos ingleses a fazer trabalhos forçados.
Ozu voltou a trabalhar efetivamente na direção de cinema em 1946 e, pouco tempo depois, realizou Pai e filha (1949), considerado no Japão como “o filme mais profundamente japonês já realizado”. Exibido dia 6, às 19h30, o longa encerra a mostra em homenagem ao diretor.
Observador atento da família tradicional às voltas com a evolução dos costumes trazida pela modernidade, o cineasta construiu uma obra com estilo depurado, baseado em planos fixos sem profundidade de campo, filmados em câmera, geralmente, baixa.
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Serviço: Galeria Olido - Cine Olido. Av. São João, 473. Centro. Próximo das estações República, Anhangabaú e São Bento do metrô. Tel. 3331-8399 e 3397-0171. De 1º a 6. R$ 1.