Prefeitura apresenta ações da Operação Chuvas de Verão 2015/2016

Serão adotadas medidas preventivas e de monitoramento para minimizar o impacto esperado junto à população. Capital conta com 13 obras de macrodrenagem distribuídas por toda a cidade

A cidade de São Paulo se prepara para as chuvas de verão 2015/2016. Como realiza todos os anos, desde 2013, a Prefeitura elaborou um Plano Preventivo, que organiza as informações e as ações da administração para minimizar o impacto esperado junto à população. O lançamento foi realizado nesta segunda-feira (7), no Centro de Gerenciamento de Emergências – CGE. Durante a operação, o local será a central que irá monitorar as ocorrências geradas pela chuva.

“Os planos preventivos para enfrentar a chuva têm uma recorrência de medidas, isso em São Paulo e também nas demais cidades. O cardápio de medidas que as cidades têm para enfrentar os seus períodos de chuva não foge muito desta listagem de itens que são indispensáveis de serem feitas. Você tem as medidas que precisam ser tomadas e você vai intensificando, melhorando, ampliando e evolvendo mais gente a cada ano que passa”, afirmou a vice-prefeita e coordenadora do Comitê Integrado de Subprefeituras (CIS), Nádia Campeão. Clique aqui e veja a apresentação completa.

O Centro de Gerenciamento de Emergências, órgão da Prefeitura que monitora as condições climáticas da cidade, prevê um verão com muitas chuvas de intensidade moderada a forte, ocasionadas pelo fenômeno El Niño. São esperados 194 milímetros de chuva em dezembro; 259 milímetros em janeiro; 216 milímetros em fevereiro; 175 milímetros em março e 66 milímetros em abril. Em novembro, foram registrados 249,5 milímetros acumulados, contra uma média de 129,5 milímetros, a maior marca desde 1995.

Limpeza

Para auxiliar o escoamento da água, a Prefeitura aprimorou os serviços de coleta de lixo. São 12 mil toneladas de lixo recolhido diariamente por 458 veículos e mais de quatro mil funcionários. Mais de 288 toneladas de lixo reciclável são recolhidas diariamente por 660 veículos que percorrem 7,8 mil quilômetros de via por dia.

Além disso, a Prefeitura ampliou a rede de ecopontos, que soma hoje 89 unidades na cidade e funciona das 6h às 22h, de segunda a sábado, e das 6h às 18h, aos domingos e feriados.

Atualmente, a cidade possui 3.345 pontos viciados, que serão monitorados com o aumento da fiscalização para coibir o descarte irregular.

Os bueiros e as bocas de lobo passaram por um processo permanente de limpeza. Ao longo do ano, 422 mil bueiros foram limpos. Pouco mais de mil destes bueiros receberam um sistema composto por um ecofiltro, espécie de cesto que retém o resíduo, e um sensor que permitirá a identificação, em tempo real, da quantidade de resíduos armazenados, possibilitando maior eficiência na limpeza. A equipe de limpeza da Inova é avisada, por meio de um sistema via celular, sobre a condição de armazenamento de cada bueiro (níveis baixo, médio ou alto). Até o fim de janeiro de 2016, sensores serão instalados em 110 bocas de lobo, localizadas em áreas com problemas de alagamento situadas nas regiões atendidas pela empresa (Norte, Oeste e Central).

A Prefeitura também identificou 287 pontos de alagamento na cidade, dos quais 199 serão avaliados semanalmente e 88 quinzenalmente. Das cerca de 7.400 bocas de lobo destes pontos, 5.130 serão limpas semanalmente e 2.270 quinzenalmente. Mais de mil delas receberam chips que registram frequência de limpeza e alimentam um banco de dados.

“Os fenômenos causados pela chuva são os mesmos, mas nós estamos mais preparados, trabalhamos mais e esperamos ter menos pontos de alagamento”, disse Nádia.

Em caso de chuvas fortes, a coleta de lixo poderá ser antecipada, bem como a varrição. Clique aqui para consultar as datas e os horários em que as coletas domiciliar e seletiva são realizadas em sua rua.

Drenagem

Esta administração investiu R$ 4,8 bilhões em 13 obras de drenagem espalhadas em toda a cidade. O sistema Ponte Baixa já recebeu recursos de R$ 765 milhões. Com 85% de suas obras entregues, ele deve ser concluído em dezembro de 2016. A canalização do Córrego do Cordeiro já recebeu recursos de R$ 177 milhões em sua fase 1 e deve estar concluída até julho de 2016. A operação de canalização e drenagem dos córregos Sumaré e Agua Preta já receberam investimentos de R$ 161 milhões e estão com 83% de execução.

No verão 2014/2015 foram concluídas 48 obras de microdrenagem em toda a cidade, que representaram um investimento de R$ 96 milhões. No verão 2015/2016 foram contratadas mais 12 obras, com um orçamento de R$ 19 milhões. Clique aqui e acompanhe as obras.

Ainda na área de drenagem, a Prefeitura contratou sete grandes obras, que totalizam mais de R$ 1,6 bilhão (canalização dos córregos Zavuvus, Aricanduva, Ipiranga, Tremembé, Paraguai/Éguas, Paciência, Capão Redondo) e está em fase de licitação de outras três obras (canalização dos córregos Ribeirão Perus, Freitas e Cordeiro Fase 2).

A Prefeitura agrupou os locais de alagamentos recorrentes no período de chuvas de verão nos últimos cinco anos e priorizou 40 deles a partir do maior volume de chuvas nesse período; aqueles localizados no minianel viário e áreas de influência; e os de maior ocorrência no último verão. A partir disso, disponibilizou cinco caminhões especiais com hidrojatos para a limpeza das bocas de lobo e dos ramais. Cerca de 1,3 milhão de metros lineares de galerias e ramais foram limpos. A operação continua.

Outra ação importante foi a de limpeza dos piscinões. Nada menos do que 270 mil metros cúbicos de piscinões foram limpos. Da mesma forma, mais de 2,5 milhões de metros lineares de córregos.

Árvores

A queda de árvores foi um problema recorrente nos últimos anos, enfrentado pela Prefeitura com novas medidas e metodologias: 109.346 árvores foram podadas e 15.883 foram removidas. Além disso, com o Plano Intensivo de Manejo Arbóreo – PIMA –, instituído em agosto deste ano, foram contratadas mais 13 equipes que reforçam a atuação em oito subprefeituras onde o problema é mais sensível (Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Santo Amaro, Ipiranga, Butantã, Lapa e Mooca). As árvores com maior risco de queda, as mais antigas e em áreas expostas aos ventos começaram a ser catalogadas e seu estado avaliado. O trabalho sistemático e planejado resulta na atuação preventiva e contribui para dar mais agilidade ao atendimento.

Trânsito

A partir do Estado de Atenção acionado pelo CGE, as equipes de campo da CET se deslocam para os pontos previstos no plano para iniciar as seguintes ações:
a) canalização de tráfego e bloqueio de vias;
b) monitoramento de desvios implantados, com o objetivo de restringir a circulação;
c) remoção de veículos em situação de risco.


Nos horários de pico, a companhia irá operar com uma média de 700 agentes.

Outro ponto importante é a sinalização em regiões com incidência de alagamentos. Serão sinalizados 28 locais com placas e outros 33 com banners. As ações de trânsito durante o período de chuvas de verão têm como objetivo prevenir a entrada de veículos em vias alagadas e garantir a mobilidade das pessoas e de bens. Para isso, serão monitoradas as principais vias da cidade.

Com relação à recuperação dos semáforos, a Prefeitura recuperou 4.589 semáforos em 2015, sendo que 1.129 receberam nobreaks, 705 foram equipados com controladores e 350 com GPRS. O objetivo alcançado no ano passado, e que deve ser repetido neste ano, é de registrar problemas em até 1% dos semáforos (de um total de mais de seis mil) sem chuvas. E de até 2% em situação de chuvas.

A situação na rede semafórica pode ser acompanhada em tempo real no site Sinal Verde.

Áreas de Risco

A cidade de São Paulo, segundo a Defesa Civil, tem atualmente 105 mil famílias que vivem em 407 áreas de risco, ou seja, perto de córregos, encostas ou morros.

A Zona Sul concentra o maior número de áreas de risco, 176. Em seguida vêm a Zona Norte, com 107; a Leste, com 100; e a Oeste, com 24, segundo levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e pela Defesa Civil, em 2010.

A Prefeitura retirou 12 mil pessoas das áreas de risco em 2015 e montou um trabalho de informação para os moradores, aprimorando os sinais de atenção e de risco.

Fonte: Secretaria Executiva de Comunicação