Jornal do Butantã destaca aumento de ciclistas na Ciclovia Pirajussara

Em sua edição de 29 de maio a 4 de junho, publicação ressalta aumento de 40% dos ciclistas em estrutura viária a partir de estudo da ONG Ciclocidade

O Jornal do Butantã, em sua edição de 29 de maio a 4 de junho, destaca o crescimento de ciclistas na Ciclovia Pirajussara desde sua implantação a partir de estudo da ONG Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade). Ressalta, ainda, o aumento do movimento no bicicletário da Estação Butantã - Linha 4 Amarela do Metrô.

O relatório da Ciclocidade aponta salto de 40% no número de ciclistas que utilizam a Ciclovia Pirajussara em comparação a 2014. Antiga aspiração dos moradores do Butantã, a estrutura cicloviária, finalizada este ano, se estende das proximidades da Linha 4-Amarela do Metrô até o município de Taboão da Serra, em 3,2km de extensão.

O levantamento realizado no início do mês registrou 1245 ciclistas trafegando no local, entre 6h e 20h. Tomou como base o método de contagem desenvolvido pela Associação Transporte Ativo, Organização da Sociedade Civil formada por entusiastas, especialistas, consultores e autoridades de temas ligados à mobilidade sustentável e qualidade de vida.

Veja o estudo na íntegra

Comparado com o ano de 2010, época que não existia a via, o aumento de ciclistas chega a ser 121,9% maior. Crescimento expressivo também acontece em relação às mulheres que pedalam no local. São mulheres de todas as idades, que utilizam o modal para ir à faculdade, ao trabalho, acompanhar seus filhos à escola e fazer exercício. Hoje representam 11% do total, tendo como comparativo apenas o movimento encontrado na avenida Faria Lima, onde 13% de ciclistas são mulheres.

Ainda segundo o estudo, a implantação da ciclovia responde por uma queda brutal na incidência de ciclistas usando a contramão ou calçada para se deslocar.

Empreendedorismo
Com formação em Hotelaria e Turismo, Débora Ferreira percebeu o grande potencial de lazer que a Ciclovia Pirajussara passou a oferecer para a região do Butantã desde sua finalização. Daí para a ideia de oferecer aulas de como utilizar o transporte foi um pulo. “Muita gente tinha vontade de aprender a pedalar, mas muita vergonha também. Percebi que podia ajudar e incentivar, já que o espaço nós já temos”, explica a professora. As aulas, para adultos, crianças e terceira idade, acontecem durante a semana em ruas de pouco movimento próximas à ciclovia e à Escola Municipal Marechal Deodoro da Fonseca.

Segundo a instrutora dez encontros são suficientes para aprender a pedalar, mas alguns alunos conseguem o resultado em menos tempo. “Nunca tive uma bicicleta mas em cinco aulas já consegui andar numa, diz Luzia Cardoso, de 32 anos. A monitora de transporte escolar iniciou o aprendizado junto com a empresária Marta Portes e as duas já estão nas aulas de aperfeiçoamento. “A Ciclovia foi um grande incentivo para eu aprender a pedalar, pela segurança que oferece”, finaliza Portes.

Nina Drukas, que faz sua terceira aula, tem um incentivo e tanto, o filho é praticante de Ironman, modalidade de triathlon de longas distâncias que reúne natação, corrida e ciclismo. “Meu sonho é pedalar na avenida Paulista, confessa. Bicicletas e capacete são oferecidos pela professora, que também aluga bikes aos finais de semana para os interessados em aproveitar a ciclovia como meio de lazer.

O fluxo crescente na Ciclovia Pirajussara apontado no levantamento da Ciclocidade se reflete na postura de comerciantes da região que já instalaram paraciclo como forma de incentivo.

 

Texto e imagem: Helga Monteiro Ventura