Mais de cinco mil pessoas participam da 29ª Festa das Cerejeiras no Parque do Carmo



07/08/2007 - Itaquera

O subprefeito de Itaquera recepcionou neste domingo, 5 de agosto, o prefeito durante a cerimônia de abertura da 29ª Festa das Cerejeiras, realizada no Parque do Carmo.

De acordo com o subprefeito, a festa, que acontece anualmente, “serve para vivenciar a tradição do Hanami, que é o ato de olhar as flores e sentir as pétalas no rosto”. A flor de cerejeira é a flor símbolo dos nipônicos e, conforme as tradições japonesas, o Hanami traz paz interior.

"Essa comemoração tem um significado muito especial porque mantém uma tradição muito rara ao Japão. Especialmente, nesse momento, um ano antes do centenário da imigração japonesa para o Brasil", disse o prefeito.

Além do prefeito e do subprefeito de Itaquera, participaram da cerimônia: o cônsul geral adjunto do Consulado do Japão em São Paulo, Jiro Maruhashi e o presidente da Federação de Sakura e Ipê do Brasil, Pedro Yano. A Federação é responsável pela organização do evento, que contou, este ano, com a apresentação de danças japonesas e de barracas com comidas típicas.

E, como era esperado, cerca de cinco mil pessoas passaram, pelo Parque do Carmo, no domingo, onde existem vários tipos de flores de cerejeira em aproximadamente 1.500 pés de árvores plantadas. Este ano, 14 associações japonesas da região estiveram envolvidas com o projeto do evento.

A História

         A festa que celebra o cultivo da sakura (cerejeira - planta nativa do Japão) no Brasil, a Sakura Matsuri, teve história muito importante para os descendentes japoneses que moram aqui. A flor que tem tradição forte no Japão teve projeto de cultivo somente em 1974 pelo senhor Matsuba, que residia na Zona Leste da capital de São Paulo.

Matsuba queria um terreno no Parque do Carmo para plantar as cerejeiras e trazer para as comunidades próximas um pouco de sua cultura. Com a idéia e o plano traçado foi até o prefeito de São Paulo da época, o então Mário Covas e pediu a liberação do terreno para a compra. Covas, sensibilizado com o projeto do senhor Matsuba acabou cedendo as suas vontades.

A partir daí começou o plantio das árvores cerejeiras pelo local. As sementes trazidas do Japão não vingaram no solo brasileiro e só depois com a vinda de mudas da flor pode-se assim dar início ao que seria no futuro uma celebração. Bem mais tarde foi fundada então a Associação da Cerejeira do Parque do Carmo que abraçou todas as comunidades ao redor. Hoje a Associação deu espaço para a criação da Federação de Sakura e Ypê do Brasil.