Biblioteca Temática Feminista Cora Coralina é oficialmente inaugurada

Inaugurada com acervo inicial de mil obras, a Biblioteca Temática Feminista Cora Coralina inicia campanha de doação de livros e organiza programação de atividades. Projeto da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres e da Secretaria Municipal de Cultura, o espaço foi todo ambientado pelas mulheres da zona leste, onde está localizada a Biblioteca Cora Coralina.

Compromisso com a igualdade de gênero. O prefeito Fernando Haddad inaugurou oficialmente a Bibiloteca Temática Feminista Cora Coralina, em Guaianases, reforçando o compromisso de sua gestão com a igualdade de gênero. “Ainda tem muita gente atrasada no Brasil, há uma negação da luta das pessoas, especialmente no que se refere à perspectiva de gênero, diversidade sexual e cor da pele. Houve muita luta para se chegar até aqui e ainda não foram alcançados todos os direitos. Por isso o nosso esforço e a nossa ação para que não haja retrocessos”, discursou o prefeito. Haddad ainda fez um compromisso público e pessoal de garantir mais doações de livros sobre a temática de gênero para a biblioteca.

A Biblioteca Temática Feminista Cora Coralina é a primeira a manter um acervo específico de gênero na cidade de São Paulo. Iniciativa da Secretaria de Políticas para as Mulheres e da Secretaria de Cultura, a solenidade de abertura contou com a presença de Ana Estela Haddad, da vice-prefeita Nádia Campeão, da secretária de Autonomia Econômica da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Tatau Godinho, dos secretários Nabil Bonduki, de Cultura e da secretária Denise Dau, de Políticas para as Mulheres, além de vários secretários municipais e especialmente das mulheres da zona leste que prestigiaram e participaram do projeto desde a ambientação da sala até a definição da programação cultural de inauguração.

Em sua fala, a secretária de SMPM, Denise Dau, apontou o esforço das Secretarias para reforma e ambientação da Biblioteca Temática Feminista, a luta das mulheres da região e a perspectiva de que seja um espaço de aprendizado, debate e de participação das mulheres. “A política de cultura tem um forte papel de inclusão e visibilidade das mulheres”. Ao final de sua fala, Denise Dau relembrou aos presentes que parte do acervo é fruto da doação de familiares de Rosangela Rigo, importante militante feminista, integrante da equipe da Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República, falecida há poucos meses. Como homenagem à sua trajetória, foi criado um selo específico, o Selo Rosangela Rigo para as obras advindas de seu acervo pessoal.

Este acervo é uma oportunidade de problematizar o tema das mulheres na nossa sociedade e uma possibilidade enorme de poder atuar na modificação de costumes e mentalidades”, afirmou o secretário Nabil Bonduki (Cultura).
Tatau Godinho, da SPM/PR, reforçou a importância da construção de um espaço feminista em uma biblioteca, e destacou o movimento de mulheres da zona leste como parte da construção da força feminina da cidade de São Paulo. “É importante aprender com as mulheres do passado para avançarmos no futuro”.

O formato em que ocorreu a inauguração marcou a Biblioteca Temática Feminista como um espaço cultural para além dos livros. A programação de inauguração começou ao meio-dia com uma apresentação da poeta Tula Pilar, ex-moradora de rua. Na sequência, apresentaram-se as rappers Amanda Negrasim, Yzaú e Sharylaine. O encerramento aconteceu com o Sarau do Coletivo Juntas na Luta, que combina música, dança e poesia.

A proposta é que as mulheres se apoderem deste espaço cotidianamente, com rodas de conversa, oficinas e apresentações regulares.