São Paulo recebe maior competição mundial para jovens com deficiência

Paraolimpíadas Escolares reúnem mais de 800 atletas de 14 a 20 anos. Evento une desempenho atlético a inclusão social e acontece de 7 a 10 de setembro, na cidade de São Paulo.

Participam da competição alunos que apresentam deficiência física e motora, visual e intelectual. Serão dez modalidades, com atletas agrupados por tipo de deficiência e grau de comprometimento.

Promovido em conjunto pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro, Governo do Estado e Prefeitura de São Paulo, evento é o que reúne maior número de participantes nesta faixa etária em todo o mundo.

Eliana Mutchnik, especialista em paradesporto da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, destaca que a competição tem dupla importância: revelar talentos para as Paraolimpíadas do Rio 2016 e aumentar a autoconfiança. “É claro que esses jovens querem vencer, ganhar medalhas. Mas, o mais importante, é que o esporte possibilita demonstrar seu potencial e suas capacidades”.

Diversidade

As classes de disputa são denominadas por um conjunto de letras e números, em que a letra indica a modalidade: T (provas de pista no Atletismo), F (provas de campo no Atletismo), S (provas de Natação), B (provas de Goalball, Futebol de 5 e Judô, só para atletas com deficiência visual), TT (provas de Tênis de Mesa), BC (provas de Bocha), PC (jogos de Futebol de 7, para atletas com paralisia cerebral e deficiência intelectual).

Os números ao lado de cada letra indicam o grau de comprometimento da deficiência, o que define as classes de disputa e torna as provas mais equilibradas. Como regra geral, quanto maior o número, menor o grau de comprometimento físico-motor, visual ou intelectual.

Na Natação, por exemplo, os amputados ocupam as classes de S5 a S10, enquanto os cadeirantes ficam agrupados entre as classes S1 e S4. Na deficiência visual, as classes variam de B1 (sem nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos) a B2 (percepção de vultos) e B3 (capacidade de definir algumas imagens).

Adaptações

Para tornar as disputas acessíveis à maioria das pessoas com deficiência, algumas modalidades sofrem pequenas adaptações, seja nas regras ou no espaço utilizado para a prática esportiva.

O Atletismo terá provas de corrida, salto e arremesso. Os dardos, discos e pesos arremessados variam de acordo com a classe de cada atleta.

A Natação abrange os estilos borboleta, costas, peito, crawl e medley, com distâncias variando de 50 a 200 metros. Aos nadadores cegos, permite-se receber aviso do auxiliar (tapper) quando se aproximam das bordas da piscina.

O Futebol de 7 é praticado por atletas com paralisia cerebral ou deficiência intelectual em dois tempos de 30 minutos. Não há impedimento e o lateral pode ser cobrado com apenas uma das mãos ou rolando a bola no chão. As classes funcionais vão de PC5 a PC8. O time deve ter em campo no máximo dois atletas da classe 8 (menos comprometidos) e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (mais comprometidos).

No Tênis de Mesa, a raquete pode ser fixada na mão do atleta. No saque, a bola deve bater no meio da mesa e sair pela linha de fundo (nunca pelas laterais). O atleta também pode se apoiar na mesa. Os atletas são agrupados de acordo com o alcance de movimentos, força muscular, restrições locomotoras, equilíbrio na cadeira de rodas e habilidade para empunhar a raquete.

Tênis em Cadeira de Rodas: a bola pode quicar até duas vezes antes de ser rebatida e as rodas traseiras da cadeira não podem tocar a linha de fundo.

A Bocha envolve atletas com deficiência intelectual, paralisia cerebral, com mobilidade reduzida e cadeirantes. As bolas podem ser lançadas com as mãos, pés ou algum instrumento auxiliar.

O Vôlei Sentado reúne atletas com mobilidade reduzida ou amputação. A quadra mede 10m x 6m e a rede fica a 1,15m do solo no masculino e 1,05m no feminino. O saque pode ser bloqueado e os seis atletas devem manter o contato com o chão, com exceção dos momentos de deslocamento.

Visual

Três modalidades envolvem exclusivamente atletas com deficiência visual.

O Futebol de 5 é disputado em quadra de futebol de salão ou grama sintética, em dois tempos de 25 minutos. Os jogadores usam uma venda nos olhos, para evitar que aqueles com maior percepção luminosa tenham vantagem. A bola possui guizos e os jogadores orientam-se pelo som. Não existe lateral, pois há uma banda de proteção dos dois lados da quadra. Além disso, o goleiro e o técnico, mais o guia (ou chamador) orientam os atletas dentro de campo.

No Judô, não há punição para ultrapassagem da área de combate no tatami, as advertências são feitas por meios audíveis e a luta é interrompida quando os lutadores perdem contato um com outro.

O Goalball foi criado no âmbito paradesportivo. Cada equipe – composta por três jogadores – fica em seu lado do campo e arremessa a bola com as mãos até a baliza adversária. Os atletas são, ao mesmo tempo, arremessadores e defensores. Utiliza-se a quadra de vôlei, com traves de 9m x 1,2m. É disputada em dois tempos de 10 minutos. A bola também possui furos e guizos em seu interior.

PROGRAMAÇÃO

Dia 7 de setembro

17h

Cerimônia de abertura – Anhembi Parque

De 8 a 10 de setembro

8h às 12h

Centro Olímpico Atletismo

Clube Espéria Natação
Futebol de 5
Futebol de 7
Goalball
Tênis em cadeira de rodas
Voleibol sentado

Anhembi Parque Bocha

14h às 18h

Clube Espéria Futebol de 7
Judô
Tênis em cadeira de rodas

Anhembi Parque Bocha (Exceto na sexta-feira)
Tênis de mesa

Dia 10 de setembro

19h

Cerimônia de encerramento – Anhembi Parque

A entrada é gratuita

LOCAIS DE PROVAS

• Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa
Av. Ibirapuera, 1315 – Vila Clementino

• Clube Espéria
Av. Santos Dumont, 1313 - Santana

• Anhembi Parque
Anhembi Parque - Palácio das Convenções
Prof. Milton Rodrigues, 100

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