A cidade de São Paulo está avançando na gestão dos resíduos sólidos!

Apresentada no maior evento de gestão da América Latina, a palestra sobre resíduos, comunicação e mobilização mostrou o que São Paulo está fazendo para obter sucesso na gestão dos resíduos sólidos.

Integrando o HSM Expo Management 2015, maior evento de gestão da América Latina, foi realizado o Painel de Serviços Ambientais sobre Resíduos Sólidos, mostrando as experiências de três agentes com vasto conhecimento na área ambiental. Contando com Mônica Pilz Borba, diretora da UMAPAZ; Fernanda Cortez, criadora do projeto Menos 1 Lixo e o gestor ambiental Jetro Menezes, o encontro apresentou iniciativas positivas sobre temas como a diminuição do consumo, geração de resíduos e também das políticas públicas de fomento a educação ambiental e comunicação social são fatores muito importantes para mudança coletiva de consciência em relação aos temas ligados ao consumo e descarte sustentável.

 Duas principais políticas de educação ambiental já previstas em lei serão implantadas pela Prefeitura de São Paulo dentro do município nos próximos meses. A partir da Política Municipal de Educação Ambiental (PMEA), descrita no decreto 15.967 de 2014, será elaborado de forma participativa, por meio de conferências, o Programa Municipal de Educação Ambiental (PROMEA), visando uma ampla participação da sociedade neste processo. Nesse programa serão abordados temas como mobilidade, água, segurança alimentar, espécies e ecossistemas, cultura de paz e, claro, resíduos sólidos, tendo como desafios transformar estes temas em valores culturais para a nossa sociedade.

A gestão dos resíduos também é pauta importante da prefeitura, que decretou em dezembro de 2014 o Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social em Resíduos Sólidos – PEACS, destacado pela diretora Mônica Borba como “um processo que vai envolver todos habitantes da cidade”. A UMAPAZ, referência essencial na implementação das atividades de educação ambiental em São Paulo, está elaborando, em parceria com a AMLURB – Autoridade Municipal de Limpeza Urbana, os modelos das peças de comunicação que serão utilizados em todos os estabelecimentos públicos e privados da cidade. Abaixo, quatro diretrizes prioritárias que tem de fazer parte do conhecimento dos cidadãos em relação à gestão de resíduos:
Ampliar o repertório e informações para população sobre as formas de tratamento dos diferentes tipos de resíduos: RECICLÁVEIS (como vidros, plásticos e papéis usados), COMPOSTÁVEIS (restos de comida, folhas, filtro e borra de café) e ATERRÁVEIS, (definidos como rejeitos: que não podem ser reutilizados e devem ser separados, como bitucas de cigarro e óleo de cozinha).

Separar os resíduos descritos acima dentro de casa. Colocar cada tipo de resíduo em um recipiente diferente, sempre com tampa, é uma maneira importantíssima para percebemos o que consumimos, mobilizando a população para reutilizar e reduzir os resíduos, por meio da compostagem e reciclagem.
Pensar em um movimento sistêmico, ou seja, que considere um ciclo de ações que geram mais ações. Como exemplo, temos a compostagem. Caracterizada pelo processo de técnicas para decompor os materiais orgânicos, a compostagem gera uma terra fértil, que pode ser utilizada para nutrir hortas em escolas municipais.

Padronizar as placas e informações para recolhimento dos resíduos em toda cidade. Com isso, a separação dos resíduos seria facilitada. Hoje, com modelos e cores diferentes em lixos e placas, é gerada uma grande confusão no momento da separação. Desta forma, estas placas serão aprovadas pelo poder público e disponibilizadas à população no site da prefeitura, além de desenvolver uma forte campanha de comunicação e mobilização.
Jetro Menezes e Fernanda Cortez, apesar de atuarem em áreas diferentes, também ressaltaram os avanços positivos trazidos pelas políticas públicas, tanto municipais, quanto federais. Para Jetro, que já gerenciou projetos de gestão de resíduos em cidades como Olímpia e Catanduva, ambas no Estado de São Paulo, a política de resíduos avançou muito no Brasil. “Foi um avanço muito grande a responsabilização das empresas pelo resíduo gerado por elas”, comentou Jetro, se referindo à Logística Reversa, ferramenta importantíssima destacada na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Para Fernanda, criadora do Projeto Menos 1 Lixo, a comunicação positiva é a chave para mudança de consciência. Destacar o que podemos fazer de bom em prol do meio ambiente é a maneira mais eficaz de conseguir resultados positivos e adesões à causa.
Para tanto, também é preciso mudar individualmente. Se todos nós acreditarmos, podemos fazer do nosso bairro e de nossa cidade um lugar melhor para todos.