Parque Augusta - Prefeito Bruno Covas

 Centro-Oeste            

Rua Augusta, 344 - Consolação
Rua Caio Prado, 230/232 - Consolação
Inaugurado em 06 de novembro  de 2021
Decreto de criação: Lei 15.941, de 23 de dezembro de 2013
Lei de denominação 17.639, de 15 de setembro de 2021
Subprefeitura da Sé
Área 23 mil m²
Aberto diariamente das 5h às 21h
 

INFRAESTRUTURA

Localizado na região central da capital e totalmente acessível, o Parque Augusta tem aproximadamente 23.000 m² com vegetação significativa e valores históricos. A sua implantação prevê espaços como caminhos e passeios, playground inclusivo, cachorródromo, equipamentos de ginástica, sede administrativa, sanitários públicos, arquibancada, deck elevado para apresentações e eventos, trilha, redário e área para prática de slackline. A trilha do parque tem uma extensão de 731m.
Possui áreas de manejo e compostagem, além de uma estrutura de serviços e apoio para a administração.
O projeto foi pensado de acordo com os parâmetros definidos no Plano Diretor, que determina uma Taxa de Permeabilidade mínima de 90%, ou seja, somente 10% da área do parque pode ser impermeabilizada. 

HISTÓRICO

Em 06.04.2019 ocorreu a assinatura do termo de transferência do terreno da rua Augusta onde será construído o Parque Augusta com as presenças do Prefeito Bruno Covas, do Promotor Público Sílvio Marques, das construtoras Setin e Cyrela e representantes das entidades que lutaram pela viabilização do espaço,
Com a assinatura da escritura, a empresa doadora da área do Parque fez a contratação do Projeto Básico e Executivo do espaço, que deverá ter como base o Estudo Preliminar. O Estudo Preliminar para implantação do Parque Augusta foi desenvolvido por DIPO – CGPABI (Divisão de Implantação, Projetos e Obras da Coordenação de Gestão de Parques e Biodiversidade Municipal) entre os anos de 2017 e início de 2019 com base em 4 projetos apresentados pela sociedade civil, moradores da região e pelos movimentos em prol da sua implantação, cujo conteúdo foi sintetizado em um único desenho, o ‘Projeto Síntese’, que organizou as ideias e aspirações deste grupo para com o parque.

O BAIRRO

O bairro surgiu com o nome de Villa América em 1890, do loteamento de propriedades rurais, como: a chácara Água Branca, chácara dos Pinheiros e sítio Rio Verde. Todas pertenciam ao Dr. José Oswald Andrade, pai do escritor paulista Oswald de Andrade .
Horácio Belfort Sabino, também, possuía uma extensa gleba de terra nas extensões do atual bairro de Cerqueira César. Era casado com América Milliet - filha de Afonso Augusto Milliet - razão do nome do bairro vizinho ser Jardim América. Ele construiu, em 1902, sua residência projetada pelo arquiteto Victor Dubugras , onde encontra-se, atualmente, o Conjunto Nacional. Coincidentemente seu neto e bisneto de Cesário Cecílio de Assis Coimbra, Horácio Sabino Coimbra - descendente, por seu pai Cesário de Lacerda Coimbra, do Barão de Arary e do Barão de Araras - foi casado na família Cerqueira César, com Maria Yolanda Cerqueira Cesar.
Anos antes houve a inauguração do Parque Trianon e da Avenida Paulista, via destinada a construção de imóveis horizontais de alto-padrão, tendo seu crescimento ligado à evolução da mesma. Assim como Pinheiros e Consolação, bairros vizinhos, tornou-se um tradicional bairro da classe média alta paulistana. Em 1938 tornou-se subdistrito da capital. Seu nome é uma homenagem ao ex-vice-presidente do Estado de São Paulo Dr. José Alves de Cerqueira César.

FAUNA

Foram registradas 21 espécies de aves silvestres sistematicamente distribuídas em 6 ordens e 12 famílias, sendo que a ordem com maior riqueza de espécies foi a dos Passeriformes (n=14; 66,67%). Com base nas listas de espécies ameaçadas consultadas (item 2.2), não foram registradas espécies ameaçadas de extinção no local. Porém, houve o registro de três espécies que podem vir a se tornar ameaçadas devido ao intenso tráfico a que são expostas, o beija-flor-tesoura (Eupetomena macroura), o carcará (Caracara plancus) e o periquito-rico (Brotogeris tirica). As guildas alimentares melhores representadas foram a dos animais insetívoros (33,33%) e dos onívoros (28,57%). Segundo Franchin e colaboradores (2009), áreas urbanas mais impactadas costumam apresentar alta porcentagem de animais onívoros mais generalistas e, também, animais insetívoros. Em áreas mais preservadas, onde a riqueza de espécies vegetais é maior e, consequentemente, a disponibilidade de alimento aumenta, é esperado que a diversidade de fauna e de guildas alimentares também seja maior. O local onde será implantado o Parque Municipal Augusta está inserido em uma área bastante urbanizada, por este motivo apresenta espécies comuns e menos exigentes. Entretanto, apesar da baixa riqueza de espécies, uma espécie observada é considerada endêmica para o Bioma Mata Atlântica, o periquito-rico (Brotogeris tirica). Além disso, registramos um casal de ferreirinho-relógio (Todirostrum cinereum) se reproduzindo e nidificando no ambiente mais vegetado. Este registro evidencia a importância da manutenção das áreas verdes urbanas para a conservação da fauna silvestre na cidade.

FLORA

Destaca-se, no Parque Augusta, um bosque heterogêneo tombado pela Resolução 23/2004 do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo. Este bosque também é enquadrado como de preservação permanente pela Lei Municipal 10.365/1987, estando, ainda, os indivíduos arbóreos protegidos pelo Decreto Estadual 30.443/1989 que os considera patrimônio ambiental e imunes de corte.
No restante da área, onde se desenvolvia uma vegetação ruderal, foi implantado um amplo gramado, tendo sido mantidos os conjuntos arbóreos originais e criados setores com plantio de mudas de espécies arbóreas e ajardinamento. Um conjunto arbóreo composto por alfeneiro (Ligustrum lucidum), jambolão (Syzygium cumini), sagu-das-molucas (Cycas circinalis) e tamareira (Phoenix sp.) destaca-se próximo à Rua Caio Prado por ser ornamental. Foi preservada também, uma figueira-mata-pau (Ficus luschnathiana), espécie hemiepífita que se enraizou em trecho do muro histórico original do imóvel à Rua Augusta. Inventário da Flora 2021

Bosque heterogêneo

Este bosque é tombado pela Resolução 23/2004 do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, bem como é enquadrado como de preservação permanente pela Lei Municipal 10.365/87, por “constituir bosque ou floresta heterogênea que forme mancha contínua de vegetação superior a 10.000,00 m2 (dez mil metros quadrados); por se localizar em região carente de áreas verdes e por proteger sítio de excepcional valor paisagístico, científico ou histórico”. Além disso, a vegetação arbórea do Parque é protegida pelo Decreto Estadual 30.443 de 1989 que a considera patrimônio ambiental e declara imunes de corte os exemplares arbóreos.
Neste bosque, estão presentes espécies arbóreas nativas pioneiras como canelinha- cheirosa (Nectandra megapotamica), figueira-mata-pau (Ficus luschnathiana) e tapiá- guaçu (Alchornea sidifolia), espécies frutíferas como grumixama (Eugenia brasiliensis) e pitangueira (Eugenia uniflora) e a palmeira-jerivá (Syagrus romanzoffiana).
No entanto, são as espécies arbóreas exóticas que predominam como aglaia (Trichilia havanensis), alfeneiro (Ligustrum lucidum), falsa-seringueira (Ficus elastica), falso-pau- incenso (Pittosporum undulatum), jacarandá-mimoso (Jacaranda mimosifolia), sibipiruna (Poincianella pluviosa var. peltophoroides) e tipuana (Tipuana tipu); frutíferas como abacateiro (Persea americana), amoreira-preta (Morus nigra), jambolão (Syzygium cumini), mangueira (Mangifera indica), nespereira (Eriobotrya japonica), uva-japonesa (Hovenia dulcis) e palmeiras como areca-bambu (Dypsis lutescens), palmeira-de-leque-da-china (Livistona chinensis), palmeira-seafórtia (Archontophoenix cunninghamiana), palmeira-washingtonia (Washingtonia sp.), tamareira (Phoenix sp.) e tamareira-das-canárias (Phoenix canariensis), além de gimnospermas como bunya-bunya (Araucaria bidwillii), cipreste (Cupressus sp.) e pinheiro (Pinus sp.).
Desta forma, no sub-bosque, encontramos indivíduos jovens de espécies nativas como alecrim-de-campinas (Holocalyx balansae), embaúba (Cecropia sp.), grumixama, ipê- amarelo (Handroanthus chrysotrichus), paineira (Ceiba speciosa), palmeira-jerivá, pitangueira e tapiá-guaçu mas, quantitativamente, são as mudas de espécies exóticas como abacateiro, alfeneiro, árvore-polvo (Schefflera actinophylla), cafeeiro (Coffea arabica), falso-pau-incenso, jambeiro (Syzygium jambos), mamoeiro (Carica papaya), nespereira, palmeira-de-leque-da-china e uva-japonesa que predominam.
Ainda no sub-bosque, ocorrem espécies herbáceas e arbustivas nativas como atroveram (Ocimum carnosum), calção-de-velha (Croton fuscescens), falsa-jurubeba (Solanum scuticum), maria-pretinha (Solanum americanum), além das exóticas dracena (Dracaena marginata), guiné (Petiveria alliacea), iúca (Yucca sp.), ocna (Ochna serrulata) e pau-d’água (Dracaena fragrans).

O solo do bosque encontra-se recoberto por densa serapilheira ou por populações de espécies forrageiras adaptadas às condições de sombreamento como capim-palmeira (Curculigo capitulata), espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), maranta-cinza (Ctenanthe setosa), trapoeraba (Tradescantia fluminensis), trapoeraba-roxa (Tradescantia zebrina) e samambaias. A presença da serapilheira e o solo protegido por vegetação são condições bastante favoráveis e necessárias à manutenção dos processos ecológicos que sustentam o bosque e devem ser preservadas.
No bosque, são destaques pelo grande porte que sobressai ao dossel, um indivíduo com cerca de 1m de DAP (diâmetro do tronco a altura do peito) da espécie nativa ameaçada cedro-rosa (Cedrela fissilis), uma faveira (Peltophorum dubium) com DAP de cerca de 50cm e uma embaúba (Cecropia sp.) com cerca de 15m de altura. Dentre as exóticas, destacam-se indivíduos de bunya-bunya (Araucaria bidwillii), conífera de grande porte originária da Austrália e parente do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) e o eucalipto (Eucalyptus sp.) que aromatiza as proximidades da casa do bosque na divisa com a PUC. Há ainda uma jaqueira (Artocarpus heterophyllus) escultural e uma bela população de monstera (Monstera deliciosa).

A proposta para o bosque prevê a preservação das mudas de espécies da Mata Atlântica como, por exemplo, alecrim-de-campinas, embaúba, jerivá, paineira e tapiá- guaçu, além de plantios de enriquecimento visando a diversificação da flora com espécies arbóreo-arbustivas nativas. Para tanto, as mudas de espécies exóticas
com potencial invasor como o cafeeiro, falso-pau-incenso, nespereira, palmeira-de-leque- da-china e palmeira-seafórtia presentes no sub-bosque necessitam ser manejadas. Por outro lado, embora a frequência de árvores em fase de senescência seja alta no bosque, devido à proteção legal dos indivíduos arbóreos adultos, o plano de manejo deve estabelecer um programa de longa duração que preveja a substituição paulatina das espécies exóticas por espécies nativas do Município de São Paulo, conforme vá ocorrendo a morte desses indivíduos.

Vegetação na área aberta a pleno sol

Nas frestas de piso e entre pedriscos e britas encontramos espécies herbáceas ruderais que caracterizam uma vegetação antropizada como carrapicho (Desmodium sp.), erva- de-santa-luzia (Euphorbia hirta), guanxuma–preta (Sida rhombifolia), perpétua-do- campo (Alternanthera tenella), pulguinha (Talinum paniculatum), diversas Asteraceae como arnica-do-mato (Porophyllum ruderale), picão (Bidens pilosa), serralha (Sonchus oleraceus), Tridax procumbens e Poaceae como braquiarão (Urochloa brizantha), capim-colonião (Megathyrsus maximus), grama-coreana (Zoysia matrella) e pastinho- de-inverno (Poa annua), além de espécies fugidas de cultivo como boldo-gambá (Plectranthus sp.).
Ainda, nessa área, encontram-se, desenvolvendo espontaneamente, espécies arbóreas como as nativas pioneiras aroeira-mansa (Schinus terebinthifolia) e tapiá-guaçu, assim como uma figueira-mata-pau (Ficus luschnathiana), espécie hemiepífita que se enraizou em trecho do muro histórico original do imóvel. Abundantes são as mudas de espécies exóticas de comportamento invasor como alfeneiro, amoreira-preta, ipê-de- jardim (Tecoma stans), jacarandá-mimoso e jambolão que deveriam ser objeto de ações de manejo.
Por outro lado, setores junto à Rua Augusta, à Rua Marquês de Paranaguá e à Rua Caio Prado receberam plantio de mudas de espécies como ipê amarelo (Handroanthus chrysotrichus), ipê-roxo (Handroanthus cf. heptaphyllus), mirindiba-rosa (Lafoensia glyptocarpa), pau-brasil (Paubrasilia echinata), quaresmeira (Pleroma granulosum), sabão-de-soldado (Sapindus saponaria) e sibipiruna.
Um conjunto arbóreo composto por alfeneiro, jambolão, sagu-das-molucas (Cycas circinalis) e tamareira (Phoenix sp.) destaca-se próximo à Rua Caio Prado por ser ornamental.
Como proposta para o paisagismo e ajardinamento dessa área a pleno sol, considerando que ambientes de campo são ecologicamente tão importantes quanto às florestas e visando reconstituir a fisionomia dos Campos de Piratininga, vegetação original sobre a qual a cidade de São Paulo se expandiu, seria interessante priorizar o uso de espécies campestres da flora nativa do município. Esse projeto deveria contemplar e superar as importantes funções atualmente desempenhadas pelas espécies subespontâneas braquiarão e capim-colonião que oferecem alimento para a fauna local, objetivando ampliar esses benefícios, por exemplo, propiciando a diversificação das espécies que possam vir a desempenhar essa, além de outras funções, o que favoreceria a atração de novas espécies da fauna para o local.
Além disso, a diversificação biológica, tanto no bosque como nas áreas abertas, em longo prazo, favoreceria a redução da disseminação da hemiparasita erva-de- passarinho, bastante presente nas copas das árvores, e das espécies invasoras.

CONSELHO GESTOR

Os Conselhos Gestores dos Parques Municipais foram criados em 2003 para garantir a participação popular no planejamento, gerenciamento e fiscalização das atividades que ocorrem nos parques. O objetivo é envolver a comunidade na discussão das políticas públicas de forma consultiva, com enfoque nas questões socioambientais. Os Conselhos são integrados por representantes da sociedade civil (em geral, três frequentadores e um representante de movimento social ou entidade local), um representante dos trabalhadores do parque e três representantes do Poder Executivo.

Saiba mais sobre os Conselhos Gestores no site da SVMA. Você também pode consultar as ATAS do Conselho Gestor deste parque.

CONSULTE AQUI O REGULAMENTO DO PARQUE.

COMO CHEGAR ?

ÔNIBUS:
107T-10 – Metrô Tucuruvi / Terminal Pinheiros
N307-11 - Terminal Parque Dom Pedro II / Terminal Pinheiros
7181-10 Cidade Universitária / Terminal Princesa Isabel
908T-10 - Terminal Parque Dom Pedro II / Butantã
930P-10 - Terminal Parque Dom Pedro II / Terminal Pinheiros


METRÔ: O parque dista 820 m (11min a pé) da Estação Higienópolis-Mackenzie, linha 4 amarela.
Da Estação Anhangabaú dista 1,38 km (19 min a pé), linha 3 vermelha.

+ Informações: www.sptrans.com.br

  

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