Num momento, o visitante está rodeado de verde, espelhos d’agua, lago, flores e pássaros. Com sorte, até dá de cara com um dos bichos preguiça que passeiam lentamente entre as árvores.
Logo em seguida, a impressão é voltar no tempo e pousar em pleno século dezenove, cercado de casas, coretos e até um ponto de bonde.
Este encantamento nem parece possível na região central da maior cidade da América do Sul. Mas é o que acontece a quem inclui o Parque Jardim da Luz no seu roteiro, dentro do projeto Trilhas Urbanas.
“Cada vez mais pessoas participam das trilhas aqui no parque, que faz parte dos roteiros turísticos da cidade. E o interessante é que não são apenas pessoas de fora, mas daqui mesmo, incluindo crianças e gente de mais idade,” relata Sidney Galdino, administrador do Jardim da Luz.
O Jardim da Luz é o mais antigo parque público paulistano e reúne atrações especiais, como o primeiro coreto construído na cidade, a antiga Casa da Administração, hoje museu, a Casa de Chá, antigo ponto de reunião da elite e um ponto dos bondes que circulavam pelo centro. Mas é também uma área verde que garante a sobrevivência de árvores nativas e exóticas, algumas centenárias, como jaqueiras, figueiras e palmeiras, além de 67 espécies de aves e os bichos preguiça. E um dos parques que fazem parte do Programa de Trilhas Urbanas. Os demais são: Tenente Siqueira Campos (Trianon), Piqueri, Alfredo Volpi, Vila Guilherme-Trote, Severo Gomes, Buenos Aires e Ibirapuera.
O projeto surgiu com o objetivo de potencializar os aspectos pedagógicos proporcionados pelos parques urbanos, uma vez que reúnem elementos da História e da Cultura, além de constituírem importante patrimônio ambiental.
Coordenado pela Divisão de Formação da Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz, da SVMA, o Trilhas Urbanas integra os programas de educação ambiental desenvolvidos pela Secretaria.
Consiste numa caminhada com percurso pré-estabelecido, com cerca de duas horas de duração. Durante a trilha há várias paradas, onde os participantes podem conhecer mais sobre os aspectos históricos, geográficos, da fauna e da flora, culturais e aspectos ambientais e participar de atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras. Em períodos de férias são oferecidas trilhas monitoradas especificas para crianças. E alguns parques também dispõem das trilhas noturnas, que são muito procuradas.
Há uma grande diversidade de público: crianças a partir de 4 anos, estudantes de cursos técnicos, pós graduados, grupos de terceira idade, alunos das escolas de esporte da prefeitura, professores, estudantes e até escoteiros.
“As atividades desenvolvidas visam despertar as pessoas para uma mudança de comportamento em relação às questões ambientais”, afirma Mirna Camacho, Diretora de Formação da UMAPAZ.
“De um modo geral, quem vem fazer uma trilha acaba fazendo outras em todos os parques onde atuamos, porque é um despertar. As pessoas nem imaginam que existe uma área pública disponível para lazer e história. Existe um potencial educativo incrível nessas áreas”, destaca Virginia Talaveira, Coordenadora do Programa.
Clique aqui e saiba mais sobre o projeto Trilhas Urbanas.
Serviço:
Divisão de Formação UMAPAZ
Informações e agendamentos: vtvalentini@prefeitura.sp.gov.br
www.facebook.com/equipetrilhasurbanas