Um novo bairro faz parte da cidade com 130 novas casas. Trata-se da antiga favela Haia do Carrão. Com essa, são quatro favelas urbanizadas e transformadas em bairro como Jardim Senice com 196 famílias, Nova Tereza com 298 famílias e Vitotoma com 254 famílias. Além dessas favelas que se transformaram em bairro, outras seis foram totalmente removidas como favela Zaki Narchi com 995 famílias, favelas Nicarágua e Vila da Paz com 1.594 famílias, favela Milton Tavares com 460 famílias, favela Jd. Brasília com 210 famílias e favela Camilo Zanotti com 404 famílias.
Até dois atrás, os moradores de Haia do Carrão conviviam no meio do lixo, esgoto a céu aberto, casebres de madeira, ratos e baratas. Dois anos depois, têm sistema viário completo, ruas e vielas pavimentadas, calçadas com piso inter-travado, rede de drenagem e esgoto, abastecimento de água, área de lazer, paisagismo caprichado e iluminação pública em todas as vias. Os barracos de madeira foram ao chão e no lugar, construídas 130 novas unidades habitacionais. As moradias que já eram de alvenaria, mas apresentavam uma condição precária, também ganharam melhorias, além das obras estruturais.
Haia do Carrão está localizada em uma área de 7.629 m², que foi beneficiada com terraplanagem, escadarias de acesso e obras de contenção. As 130 unidades habitacionais são casas sobrepostas de 46 m², sendo que as térreas foram reservadas aos idosos e pessoas com deficiência física. Ao serem removidas para início das obras, as famílias que viviam em área de risco aguardaram em aluguel transitório, retornando às unidades após o término. A partir de agora, pagarão o chamado Termo de Permissão de Uso, TPU, que é um valor subsidiado pela Prefeitura, até ocorrer a regularização fundiária. Após o que, as famílias entrarão no financiamento propriamente dito. O valor que foi pago anteriormente será descontado do total do financiamento. As prestações sempre são muito baixas, compostas de acordo com a renda familiar. Dessa forma, garante-se o pagamento e evita-se a inadimplência. É nesse momento que entra o trabalho das assistentes sociais da Superintendência de Habitação Popular da Secretaria de Habitação. Após a ocupação, as assistentes sociais orientam os moradores em como morar em uma casa onde terão de pagar água e luz, não poderão jogar lixo no quintal do vizinho nem no córrego (agora canalizado e com parque linear), nem fazer “gato”, nem gastar energia ou água à toa. O trabalho de pós-ocupação é árduo e leva tempo, com duração de dois a três anos.
Em Haia do Carrão 150 famílias foram beneficiadas. O custo total da obra foi de R$ 6,5 milhões.
City Jaraguá: 444 novas famílias ganham casa própria
Esse conjunto começou a ser criado em 1995. Estudos realizados por Habi-Norte, departamento da Superintendência de Habitação Popular da Secretaria de Habitação, capitaneado por Cecília Freire Namour, revela que o City Jaraguá conta hoje com 3.800 famílias, o que dá aproximadamente 19 mil pessoas e mais de 3.500 unidades habitacionais, além de creches, escolas e posto de saúde.
Segundo Cecília, as famílias que receberam as unidades vieram de outras favelas que foram removidas pela Prefeitura, como Recanto dos Humildes, Zaki Narchi, Camilo Zanotti, Alojamento Fupe e Beira Rio.
Ao longo dos anos, diversos governos municipais investiram, uns mais outros menos, na construção do City Jaraguá. As 444 unidades habitacionais foram erguidas através de convênio assinado em maio de 2006 entre a Prefeitura, que doou o terreno e a CDHU, que executou a obra e investiu R$ 17 milhões no projeto. Cada apartamento tem valor aproximado de R$ 35 mil, que será financiado com subsídios governamentais.
No final de 2006, a Subprefeitura de Pirituba em parceria com empresas do bairro, construíram uma quadra poliesportiva no City Jaraguá. A Subprefeitura entrou com os blocos de concreto e o cimento, e as empresas ficarm responsáveis pela demarcação, concretagem, pintura do piso, cercamento da área com gradis e fornecimento do material esportivo para a montagem da quadra.
Além dessa quadra estão em execução obras da área de lazer central que consiste em: campo de futebol society, 2 quadras de esportes, 3 play grounds, pista para caminhada, conjuntos de mesas e bancos e paisagismo. Com custo R$ 300 mil, essas obras tiveram início em dezembro de 2006.