Ciclo de Palestras: Monitoramento e Avaliação de Programas Habitacionais traz economista do Banco Mundial

Qual o impacto de um projeto de urbanização sobre uma população pobre? A intervenção está realmente produzindo os benefícios pretendidos? Os recursos poderiam ser mais bem usados? Quais alterações no programa poderiam atender melhor as demandas? Para falar sobre estas questões no terceiro encontro do Monitoramento e Avaliação em Programas Habitacionais, série de palestras e debates promovida pela Superintendência de Habitação Popular esteve em São Paulo Judy Baker, lead economist do Banco Mundial. Com ampla experiência em projetos na Ásia, África e América Latina, incluindo um grande projeto de urbanização em Salvador, Bahia, Judy Baker fez um apanhado geral muito útil do que vem observando ao levar a campo a avaliação de projetos urbanos dessa natureza. Citando exemplos, comparando projetos na Jamaica, Ásia e Brasil, Judy Baker apontou denominadores comuns, como por exemplo a dificuldade de uma afe-rição verdadeira da renda dessas populações em questionários, explicando que é mais confiável fazer uma análise da renda por uma lista de itens de consumo, por exemplo. Como bem realçou Fabrízio Rigout, consultor que conduziu o encontro, a idéia central que permeou sua fala poderia ser definida pela inversão de alguns modelos adotados: o projeto é que deve orientar o método de monitoramento e avaliação, deve se adequar a ele, e não o contrário. Judy Baker deixou clara a necessidade da avaliação de projetos urbanos para populações de baixa renda, uma vez que os resultados colhidos podem revelar problemas na relação custo / benefício, que se forem corrigidos será de grande valia. Ao final do debate, Márcia Terlizzi, diretora de Planejamento, falou dos próximos encontros e convidados do MAPH, que deverá fazer um breve intervalo neste período natalino.