Prefeito assina a ordem de início de obras das unidades habitacionais do Residencial Jardim Esmeralda e de trechos do Parque Linear

A entrega das chaves está prevista para até 30 meses e até lá todas as famílias inscritas receberão auxílio aluguel

Da esquerda para direita, a representandtes dos moradores, Elaine Hortencio, o Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes e o Secretário Municipal de Habitação, João Farias

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, assinou nesta quinta-feira (8) a ordem de início das obras de construção de três conjuntos habitacionais de interesse social, denominados Jardim Esmeralda – Condomínios A, B e C. Serão 330 apartamentos. A entrega das unidades está prevista para dezembro de 2024 e o investimento foi de R$ 73,4 milhões. No mesmo ato, o prefeito assinou também a autorização para início das obras de dois trechos do Parque Linear, no Butantã, zona oeste da cidade.

Assinaram os documentos também os secretários municipais de Habitação, João Farias, e de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine, além e do diretor-presidente da Cohab, Alex Peixe. As unidades habitacionais que serão construídas atenderão as famílias removidas das áreas Água Podre e Sapé, por risco ou obras públicas. Todas receberão auxílio aluguel até a entrega das chaves, que está prevista para até 30 meses, a partir da emissão da ordem de serviço.

De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, a área será de 53 metros de área útil com toda a estrutura e ainda com sete unidades comerciais.

“Com certeza as pessoas beneficiadas vão ficar muitos felizes”, disse.

Nunes explicou que a demora para o início das obras é por conta também da quantidade de pessoas no auxílio-aluguel.

“Ainda há 23 mil pessoas recebendo auxílio-aluguel e o gasto da Prefeitura chega a R$ 110 milhões para esse pagamento”, explicou.

Nunes lembrou que de 2013 a 2016 foram entregues 5,5 mil unidades na capital e de 2017 a 2020 foram 17,5 mil unidades.

“Ou seja, três vezes mais que o anterior e vamos entregar 49 mil unidades até 2024.

“Temos 12,5 milhões de habitantes e 1.420 milhão de pessoas na extrema pobreza, mas é possível fazer melhor e atender o que a população precisa”, ressaltou.

O secretário de Habitação, João Farias, ressaltou as ações do prefeito. Para ele, é a continuidade do que o ex-prefeito Bruno Covas fazia.

“Vim aqui em 2019 para visitar a região. Esta obra era uma promessa de 2010 e iniciou com a remoção de famílias. O contrato foi cancelado em 2013 e o sonho dessas pessoas foi enterrado. Mas em 2019 Bruno Covas me autorizou a desenterrar esse sonho e assim conseguimos garantir a área”, explicou.

Farias lembrou das dificuldades para a realização do projeto e citou desistência de uma empresa para justificar o atraso.

“Mas nada disso estaria acontecendo se o prefeito não fosse aficionado por habitação e com um olhar diferenciado. E hoje estão aqui a assinaturas”, enfatizou.

“Agora queremos agora zerar a fila do aluguel”, completou.

A secretária de Direitos Humanos e Cidadania, Soninha Francine, afirmou que participou de inúmeras reuniões e lembrou das dificuldades para que o projeto chegasse ao ponto de ter a assinatura do prefeito.

“A gente fez reuniões, encontros e os problemas se arrastavam por muito tempo. A vontade política é necessária para desenrolar um monte de problemas e quanto mais se conhece, mais se surpreende, mas tive o apoio do Fabio Farias”, disse.

Inscrita no programa habitacional da cidade há 12 anos, Maria Isabel da Silva disse que aguardava com ansiedade a assinatura do documento para início das obras do Residencial Jardim Esmeralda. Ele recebe o bolsa-aluguel no valor de R$ 500,00 e afirmou que a esperança é deixar o aluguel no passado.

“Sou casada e tenho quatro filhos. Esse apartamento vai ser muito bom porque a região aqui também é muito boa”, revelou.

Parque Linear

O secretário do Verde em exercício, Carlos Eduardo Vasconcelos, também destacou as ações do governo na área habitacional. No entanto, focou no parque linear. Segundo ele, em 2023 será entregue a primeira parte das obras do parque e ressaltou que, quando o condomínio estiver pronto, a população já poderá utilizá-lo.

“Serão R$ 6,5 milhões investimentos e, até o final dessa gestão, serão 116 parques na cidade”, ressaltou.

Projeto habitacionais

Os projetos integram o Programa Pode Entrar (lei 17.638/21) e foram estruturados pela SP Parcerias de acordo com as diretrizes das secretarias de Habitação e Governo Municipal, tendo como finalidade o atendimento à política habitacional do Município.

Trata-se do maior Programa Habitacional já lançado por um município e possibilitará a provisão de 45 mil unidades habitacionais até dezembro de 2024. Serão mais de R$ 8 bilhões em investimentos com potencial para gerar mais de 50 mil empregos na construção civil. Potencialmente, o programa atingirá mais de 120 mil beneficiários – população semelhante a cidades como Paulínia ou Barretos.

Parque

Já o Parque Linear Água Podre terá mais de 71 mil m² de área preservada e contará com espaços para eventos, feiras e exposições ao ar livre, playground, academias para a terceira idade e equipamentos de ginástica. Neste caso, a previsão de entrega para até o fim de 2024.