“A imigração tem que ser vista como uma força, não como um peso na sociedade." A afirmação é de Hella Kribi-Romdhane, vice-presidente da região de Île-de France, que visitou, no dia 11 de agosto, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) para trocar experiências e articular ações conjuntas para melhorar a situação dos imigrantes em São Paulo.

A região de Île-de-France, composta por oito departamentos, incluindo a capital Paris, concentra 40% de todos os imigrantes no país. Há diversos pontos em comum em relação à imigração nas duas metrópoles. Para Rogério Sottili, "o nosso maior desafio é valorizar os profissionais estrangeiros, que são altamente capacitados e frequentemente acabam sendo encaminhados para trabalhos braçais. Temos que acabar com esse estigma de que o imigrante não é qualificado."

Hella Romdhane lembra que na França o cenário é parecido. "Vemos muitos chechenos médicos que acabam tendo que investir em outras profissões. É o processo de desqualificação do imigrante", disse. Na reunião, vislumbrou-se a possibilidade de uma cooperação com foco na formação e inclusão profissional de imigrantes francófonos na cidade de São Paulo. A ideia é sensibilizar as empresas para a contratação de imigrantes, informar os mecanismos já disponíveis na estrutura municipal de busca de vagas de emprego e prepará-los para o mercado de trabalho nacional.