Apesar do grande gosto pela literatura, pensava em fazer Direito e, assim, ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Durante a graduação, a Biblioteca continuou a ser o seu ponto de referência para os estudos e também para os encontros. Fez muitas amizades na Biblioteca e conheceu figuras como Sérgio Milliet e Oswald de Andrade.
Antes mesmo de tornar-se bacharel em Direito, entregou-se aos versos e lançou seu primeiro livro de poesia intitulado Espaço Inaugural. Em 1962, publicou Lavra Lavra, que instaurou o poema-práxis, principal movimento de oposição ao concretismo. O poeta publicou inúmeras obras e foi muitas vezes premiado. Foi Secretário de Cultura da Cidade de São Paulo na gestão de Reynaldo Emídio de Barros (1979 – 1983). Dentre as várias ações realizadas em seu secretariado, destaca-se a criação do Centro Cultural São Paulo, em 1983.
Ao recordar dos tempos em que frequentava a Biblioteca Mário de Andrade, Mário Chamie destaca que foi nesse espaço que ele pôde conhecer e ter contato com aquilo que determinaria sua linha de interesse: a poesia.
Sinopse
• Chegada a São Paulo (1948) • Perfil da cidade de São Paulo • Formação cultural no seio familiar • Contato com a Biblioteca Mário de Andrade: primeiras impressões, desenvolvimento intelectual, opção profissional e sociabilidade • Atmosfera cultural da Biblioteca e de seu entorno • Reflexões sobre o crescimento urbano de São Paulo • Justificativas da localização geográfica do Centro Cultural São Paulo • Efervescência cultural do centro de São Paulo na década de 1950 • Projeto conceitual do Centro Cultural • Concepção de política cultural • Criação do Centro Cultural: resistências enfrentadas e impactos sofridos • Panorama da poesia brasileira do século XX • Conceito e ressonâncias da poesia-práxis na produção artística brasileira • Reflexões da ditadura militar na produção literária • Repercussão de sua obra • Vocação e futuro da Biblioteca Mário de Andrade
Mapa afetivo de São Paulo
↔ Faculdade de Direito ↔ Largo São Francisco ↔ Leiteria Americana ↔ Livraria Brasiliense ↔ Livraria Francesa ↔ Livraria Marconi ↔ Parque D. Pedro II ↔ Pátio do Colégio ↔ Praça Clóvis Bevilacqua ↔ Praça da República ↔ Praça da Sé ↔ Praça das Bandeiras ↔ Praça do Patriarca ↔ Rua Direita ↔ Rua Líbero Badaró ↔ Rua São Bento ↔ Theatro Municipal ↔ Teatro Oficina ↔ Vale do Anhangabaú ↔ Vale do Itororó ↔ Praça Dom José Gaspar ↔
Expectativas e Direções para a BMA
- A BMA deve ter meios de se manter em processo de renovação permanente;
- Desenvolver projetos de atividades, divulgando-as adequadamente;
- A BMA deve ser um novo ponto de partida para si mesma.
Ficha Técnica
data 28/06/2006 duração 157 minutos suporte 1 DVD / 1 VHS transcrição 38 páginas / formato PDF local auditório da Biblioteca Mário de Andrade interlocução Daisy Perelmutter pesquisa Alexandre Nakamura / Daisy Perelmutter / Mariana Cordeiro Serra direção audiovisual Luís Augusto Silva / Sérgio Teichner edição de texto Suely Farah revisão e formatação Edélcio Lavandosk / Jackeline Walendy / Luana Vieira de Siqueira