Secretaria Municipal da Saúde

Quinta-feira, 12 de Junho de 2025 | Horário: 14:56
Compartilhe:

Representantes da OMS e da Opas visitam Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da SMS

Ação faz parte de projeto para a criação da Biblioteca Global de Medicina Tradicional
Grupo de Profissionais de Saúde estão em frente a Sede do Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. Uma placa acima destaca as iniciais do equipamento CRPICS Bosque da Saúde.

Na última terça-feira (10), representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Panamericana de Saúde (Opas) estiveram no Centro de Referência em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CRPics) Bosque da Saúde, na região sudeste da capital, para conhecer o trabalho realizado pela Secretaria Municipal (SMS) da Saúde nesta área.

Geetha Krishnan Gopalakrishna Pillai, coordenador de Evidência e Pesquisa do Centro Global de Medicina Tradicional da OMS), Paulo Souza, diretor do Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) da Opas, e Caio Portella, diretor presidente do Consórcio Acadêmico Brasileiro de Saúde Integrativa (Cabsin), foram recebidos pela equipe do CRPics e por Adalberto Kiochi Aguemi, coordenador da Área Técnica de Saúde Integrativa da Secretaria Municipal da Saúde da SMS. A cidade de São Paulo é pioneira na implantação das práticas integrativas na saúde pública, com experiências desde 2001

De acordo com Geetha, esse tipo de visita está sendo realizado em várias partes do mundo, como parte de um projeto da OMS para criar uma Biblioteca Global de Medicina Tradicional, que terá o objetivo de consolidar esse conhecimento, que muitas vezes está mais presente na cultura oral das comunidades e pode se perder com o tempo.

O representante da OMS acredita que o mundo tem muito a aprender com experiências como o CRPics, especialmente considerando que é algo inserido dentro do contexto da saúde pública. Para ele, esses saberes tradicionais, que poderiam ser considerados ultrapassados, têm ganhado força com um aumento nas pesquisas científicas sobre as práticas e sua disseminação.

Prática brasileira
Considerada uma Pics 100% brasileira, a Terapia Comunitária Integrativa (TCI), já presente em várias Unidades Básicas de Saúde e outros equipamentos da capital, foi uma das que mais chamou a atenção de Geetha, que buscou entender como implementá-la em outros contextos: “Se compreendermos que é possível colocá-la em prática, podemos usá-la em muitos países da maneira apropriada”, afirmou.

A TCI é estruturada por meio de grupos abertos que se reúnem semanalmente, em rodas de conversa nas quais todos têm voz e podem compartilhar questões, problemas, desassossegos e dores da alma. Cabe ao mediador da TCI, que pode ser qualquer profissional da unidade, atuar como um facilitador deste processo. O ponto fundamental da TCI, no entanto, está na horizontalidade, sem relação de poder entre os atores, com o objetivo de criar e fortalecer os laços sociais, em uma dinâmica na qual cada participante é corresponsável pelo processo terapêutico individual e coletivo, ao partilhar suas experiências e vivências com todos na roda. 
Pics em São Paulo

Atualmente, praticamente todas as 479 UBSs da capital oferecem práticas integrativas e complementares em saúde, juntamente com os seis CRPics os 24 Centros de Convivência e Cooperativa (Ceccos), sete Unidades de Referência à Saúde do Idoso (Ursis), 50 Centros de Atenção Psicossocial (Caps), três hospitais municipais e também os Centros Especializados em Reabilitação (CERs). São 22 Pics disponíveis, entre elas práticas corporais chinesas, ioga, meditação, acupuntura, dança circular e auriculoterapia.

Clique aqui para acessar a página com informações sobre as Pics na SMS:
https://prefeitura.sp.gov.br/web/saude/w/atencao_basica/236370

 

collections
Galeria de imagens