Prefeitura quer ouvir população para aperfeiçoar edital de concessão do terraço do Edifício Martinelli

Município dá nova oportunidade para os interessados em contribuir com a concessão que vai viabilizar o Observatório Martinelli. Consulta pública ficará disponível até 20 de fevereiro

Após receber em 2019 contribuições relacionadas ao modelo de negócios e à área total a ser concedida, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU) e a São Paulo Urbanismo, acaba de publicar consulta pública online para a definição do edital de concessão do terraço do Edifício Martinelli.

Trata-se de mais uma oportunidade para a população colaborar com a concessão que viabilizará a implantação e a manutenção do Observatório Martinelli contemplando programa de lazer, entretenimento, cultura e gastronomia e contribuindo para o desenvolvimento turístico e a requalificação urbana da região central da Cidade.

O aprimoramento do Edital de Concessão considera a crescente demanda de visitantes que o espaço recebeu em 2019. De abril (mês de reabertura do terraço) a dezembro, 27.453 pessoas visitaram o local, sendo que 90% das vagas disponíveis diariamente foram ocupadas.

A consulta pública estará disponível até 20 de fevereiro, e após esse período, a São Paulo Urbanismo vai analisar as sugestões, realizar eventuais aprimoramentos da documentação e publicar a licitação definitiva.  A concorrência considerará os aspectos técnicos (melhor projeto e plano de operação) e a melhor proposta comercial (maior valor pago pela cessão).

A concessão pretendida é de 15 anos. Trata-se de uma alternativa para que o Município possa empreender uma iniciativa de grande interesse público e impactos turístico, econômico e urbanístico, sem a utilização de recursos públicos.

Clique aqui para contribuir com o Edital de Concessão do Edifício Martinelli

 

Observatório Martinelli

A Prefeitura vai conceder à iniciativa privada os andares 25, 26 e 27 do Edifício Martinelli, além dos espaços comerciais localizados no térreo do edifício, na Avenida São João nº 11. Além do mirante, o vencedor do edital deverá manter um programa de curadoria com espaços expositivos, painéis interativos e acervos relacionados à história do edifício e da cidade, e promover ações culturais. Também serão inaugurados loja, restaurante e um café.

Um núcleo de recepção e centro de informações turísticas,  também serão ofertados à população, que contará com ao menos um novo elevador para realizar a visita. O passeio será completo, com acesso aos espaços cobertos existentes, incluindo o palacete do Comendador Martinelli. Com todas essas novidades, a expectativa do Município é atrair anualmente mais de 160 mil visitantes.

A concessão da cobertura do Martinelli à iniciativa privada dialoga com o programa de renovação dos espaços voltados para pedestres que engloba outras ações em andamento, como a reforma das calçadas e calçadões, requalificação de edifícios e terrenos abandonados ou subutilizados, a viabilização do Parque Augusta, a revitalização do Largo do Arouche e Praça Roosevelt.

Além disso, o Edifício está inserido no perímetro do Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Setor Central, amplo plano urbanístico que tem como principal objetivo atrair até 220 mil novos moradores para a região. A proposta, que prevê a necessidade de integração e qualificação do território, encontra-se na sua fase final e será discutida mais uma vez junto à população.

 

Reuniões com investidores

Com intuito de auxiliar a São Paulo Urbanismo na prospecção de investidores para o projeto de concessão do Observatório Martinelli, a agência de promoção de investimentos e exportações da cidade, São Paulo Negócios, realizou dois encontros para a apresentação preliminar do projeto que contou com a participação de 15 empresas atuantes em setores diversos da economia, como escritórios de arquitetura, empresas da área de entretenimento e do ramo alimentício.

Durante o período de consulta pública, a São Paulo Negócios continuará auxiliando a São Paulo Urbanismo por meio de encontros individuais e/ou coletivos para verificar a adesão do edital junto ao mercado, atraindo o maior número possível de empresas para a concessão.