Geoprocessamento na prática!

Saiba de que forma a ferramenta de processamento de dados, como o GeoSampa, ajuda no planejamento da cidade e no dia-a-dia das pessoas

Presente desde o desenvolvimento de aplicativos, pesquisas sobre lugares, ou em simples tarefas escolares, o geoprocessamento é um instrumento da SIGs (Sistema de Informações Geográficas). Baseado em softwares e hardwares capazes de produzir, armazenar, processar, analisar e representar informações sobre o espaço geográfico, o sistema está cada vez mais incorporado à nossa realidade. Na Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento – SMUL, o potencial da ferramenta é explorado, principalmente, por meio do Geosampa. Nele, informações intersecretariais da cidade de São Paulo são compiladas e disponibilizadas de maneira acessível.

Com isso, são feitos diagnósticos para o planejamento urbano da forma mais clara e assertiva. Mapeadas, as necessidades de um determinado território ficam evidentes. A sistematização dos dados também desburocratiza o acesso à informação, já que agora qualquer pessoa interessada dispõe do material. Antigamente, a documentação ficava a cargo de um responsável e poderia ser perdida por diversos motivos. Assim, a digitalização busca, além de uma nova lógica de trabalhar mapas, usufruir de todas as possibilidades que a plataforma traz e torná-la interativa, atendendo as demandas dos usuários.

O Geosampa ainda está em conformidade com a Lei de Acesso à Informação, nº 12.527/2011, que prevê a viabilização dos dados “brutos”, sem nenhum tratamento. Assim, o cidadão faz manejo dos arquivos livremente. Em junho deste ano, um relatório elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Open Knowledge Brasil, avaliou oito cidades brasileiras quanto à abertura de dados da administração pública. São Paulo apresentou a maior pontuação geral (84%) e o maior percentual de bases totalmente abertas (47%). A abertura dos dados faz parte da transparência ativa, isto é, quando os dados são dispostos proativamente antes de serem solicitados. A ferramenta GeoSampa tornou-se, assim, modelo para os demais municípios do país.

Evento Geotecnologias na Gestão Pública

Na última sexta-feira, 23 de novembro, ocorreu o evento “Geotecnologias na Gestão Pública (GGP)”, organizado anualmente pelo Sistema Labgis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. A coordenadora de Produção e Análise da Informação da SMUL, Luciana Pascarelli, foi convidada para apresentar a experiência do uso geoprocessamento na administração pública, com o case de São Paulo. No encontro, Pascarelli falou, via skype, como foi estruturado o Geosampa, um pouco dos resultados mensurados com o instrumento e próximos passos a serem implementados.