23 - Vacância domiciliar cai 30% entre 2000 e 2010

No distrito da Sé, a taxa de vacância caiu de 39,7% em 2000, para 11,7% em 2010.

O estudo mostra que a taxa de vacância domiciliar, medida oriunda do Censo Demográfico do IBGE, teve uma queda de 14,0% em 2000 para 7,5% em 2010. Em números absolutos houve uma redução de 420.328 domicílios vagos em 2000 para 293.621 em 2010, ou seja, 30% a menos. O estudo indica que a combinação entre política urbana e a construção das estratégias de combate ao uso especulativo da terra urbana – reforçadas pela criação do Departamento de Controle da Função Social da Propriedade – podem garantir que: (i) a taxa de vacância atinja patamares mais próximos dos usuais em outras cidades do mundo; (ii) a redução da taxa de vacância esteja associada aos segmentos mais sensíveis do déficit habitacional (os que recebem até 3 salários mínimos).

Tal redução é expressiva por dois motivos: (i) o número total de domicílios na cidade teve um aumento da ordem de 10,7%, passando de 3.554.820 em 2000 para 3.935.646 em 2010; (ii) ao contrário de São Paulo, o Brasil apresentou um crescimento no número de domicílios vagos da ordem de 1,1%.

Chama atenção é que todos os distritos apresentaram variação negativa entre 2000 e 2010. O distrito de Barra Funda, por exemplo, variou de 15,1% para 14,9%, ou seja, uma variação de apenas 0,2 p.p. Já para o distrito da Sé, a taxa de vacância variou de 39,7% para 11,7%, isto é, uma variação de 28,0 p.p. A área com distritos de maior redução vai da região central e se estende em direção ao sudoeste do município: as maiores reduções percentuais ocorreram em Sé, República, Brás, Pari, Santa Cecília.

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