Histórico de acidentes em São Paulo e a importância do plano

O resumo abaixo mostra os dados de mortalidade no trânsito de 2020 na Cidade de São Paulo, bem como os resultados alcançados conforme previsto no Plano de Segurança Viária do Município de São Paulo

a) Reduzir o índice de mortes no trânsito para valor igual ou inferior a 3 a cada 100 mil habitantes até 2028 (2020: 6 mortes / 100 mil hab)
O Relatório Anual de Sinistros de Trânsito da CET mostra que a cidade fechou a Década Global para Redução de Mortes no Trânsito com índice de 6,5 mortes a cada 100 mil habitantes, valor 5,6% menor que o valor consolidado do ano de 2018, que foi de 6,9.

b) Reduzir em 50% o número de mortes de pedestres e ciclistas até 2028 (2020: 10%)
O valor base da meta foi o do ano de 2018: 368 mortes de pedestres e ciclistas. O valor alcançado em 2020 foi de 353 mortes. Houve assim redução de 4%.

c) Reduzir em 50% o número de mortes de motociclistas até 2028 (2020: 10%)
O valor base da meta foi o do ano de 2018: 366 mortes de motociclistas. O valor alcançado em 2020 foi de 345 mortes. Houve assim redução de 5,7%.

d) Reduzir o número de mortes decorrentes de ocorrências com envolvimento dos ônibus do STCUP em 50% até 2028 (2020: 10%)
O valor base da meta foi o do ano de 2018: 106 mortes decorrentes de acidentes com envolvimento de ônibus do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros (STCUP), que são os ônibus do sistema de transportes público municipal. Em 2020, foram 73 óbitos ao todo, com redução de 31,13%.

e) Reduzir em 80% o número de veículos que trafegam acima da velocidade máxima permitida até 2028 (2020: 20%)
O indicador principal previsto para essa meta ainda está em fase de construção, pois se baseia na velocidade média de diferentes trechos entre dois equipamentos de fiscalização. Sua construção depende ainda do término do cumprimento dos procedimentos estipulados pela Portaria 186/SMT/GAB/2018 que trata do processo de uso e abertura dos dados dos equipamentos de fiscalização eletrônica de trânsito do Município de São Paulo, que está em desenvolvimento e é, inclusive, uma das ações previstas no plano. A proposta é definir um conjunto de trechos e horários para que sejam calculadas as velocidades médias dos veículos que passaram pelos dois pontos de medição, a partir dos registros dos equipamentos de fiscalização eletrônica existentes na cidade. O indicador calculará o percentual de veículos, cuja velocidade média excedeu o limite de velocidade regulamentado no trecho.

Para definição da meta, foi utilizado como valor-base provisório o do Relatório de Dados Técnicos realizado no segundo semestre de 2018 pela Johns Hopkins International Injury Research Unit (JH-IIRU). A pesquisa não calcula a velocidade média, mas por se tratar de medição feita com equipamento de fiscalização móvel e sem identificação, ela tende a melhor medir a real velocidade praticada pelos veículos, pois, diferente dos equipamentos de fiscalização, os condutores tendem a não diminuir a velocidade no ponto fiscalizado. Deste modo, tomando como base a informação da pesquisa de que 14% dos veículos excedem as velocidades limites (2018), a meta proposta de reduzir em 80% levaria São Paulo ao índice de 2,8% de veículos trafegando acima da velocidade até 2028.

O último dado disponível proveniente dessa pesquisa é relativo ao primeiro semestre de 2019 (rodada 8 da pesquisa). Nessa rodada, houve diminuição geral do percentual de veículos trafegando acima da velocidade máxima permitida de 14 para 11%, o que representa uma redução de 21,4% de veículos acima da velocidade máxima permitida. Entre os veículos, destaca-se a diminuição do número de motociclistas flagrados acima da velocidade, de 43% para 34%, o que representa redução de 20,9% veículos.

f) Atingir 95% de uso de cinto de segurança no banco dianteiro, traseiro e de dispositivos de retenção para crianças até 2028

Os indicadores se referenciam na pesquisa anual realizada pela CET “Uso do Cinto de Segurança”, pesquisa observacional que verifica o quanto os motoristas e passageiros estão fazendo uso do dispositivo.

A tabela abaixo mostra, para cada indicador, os valores bases de 2017 e os valores alcançados na última pesquisa disponível, de 2019


g) Manter acima de 99% o uso de capacete por motociclistas e garupas
Os indicadores se referenciam em pesquisa anual realizada pela CET relativa ao uso de capacete por motociclistas, pesquisa observacional que verifica o quanto os condutores e garupas estão fazendo uso do dispositivo. A pesquisa relativa ao ano de 2019 mostra que o uso de capacete por motociclistas foi de 99,99% e pelos garupas 100%.

RAIO-X
Os dados consolidados pela CET revelam que 84% de todos os óbitos no trânsito em 2020 foram de homens e 16% de mulheres. Entre os motociclistas, 92% dos mortos foram homens, a maioria entre 18 e 29 anos de idade.

Entre os ciclistas, 34 das 37 mortes registradas foram de homens. Entre os pedestres, 74% do total de óbitos foram de homens, a maioria a partir dos 50 anos de idade.

A maior parte dos acidentes fatais ocorreu de sexta-feira a domingo, tanto no período noturno como durante a madrugada. Dentre os dez locais que registraram os maiores índices de sinistros fatais na capital em 2020 estão três rodovias. A primeira colocação é da Via Anhanguera, com 19 óbitos.

RELATÓRIO ANUAL
O relatório anual completo da CET traz um maior detalhamento dos dados já apresentados e o cruzamento com os registros da Secretaria Municipal da Saúde, resultando em informações relevantes sobre a gravidade dos sinistros, tempo de internação e o custo dos sinistros de trânsito para o poder público. Acesse o resumo do Relatório Anual de Sinistros ou clique aqui para conferir a íntegra de 2020 e de outros anos.