Foco nos Motociclistas - maior número de vítimas fatais, em 2018

Em 2018, o número de óbitos de motociclistas em acidentes de trânsito, pela primeira vez, ultrapassou a quantidade de pedestres que morreram atropelados em São Paulo. Foram 366 vítimas fatais que estavam em motos, ante 349 pessoas a pé. O perfil desses motociclistas, segundo a CET, é majoritariamente formado por homens jovens (18 a 29 anos), moradores da periferia.

Em dezembro do mesmo ano, foi registrado o maior número de mortes de motociclistas, sendo o excesso de velocidade a maior causa. Com base nesses dados, a segunda fase do Movimento pela Vida Segura no Trânsito, iniciada no dia 07 de dezembro, tem por objetivo informar e educar os motociclistas sobre o risco de morte associado ao excesso de velocidade e ao descumprimento das leis de trânsito.

Essa etapa conta com filmes para televisão e spots de rádio, com 30 segundos cada um. O roteiro narra, na perspectiva de uma mãe, a morte de um jovem em um acidente sofrido após exceder o limite de velocidade na moto. Ela lamenta a perda do filho e finaliza com um apelo para que todos os motociclistas respeitem as leis de trânsito, conduzindo na velocidade regulamentada.

 



 

  

O anúncio nos abrigos de ônibus terá a foto de um personagem real, que perdeu a perna em um acidente de moto aos 25 anos.

A mensagem é direta: MOTOCICLISTA, RESPEITE SEMPRE O LIMITE DE VELOCIDADE.

 

 

Herberth Vital Jovaneli Lima, que teve de amputar a perna esquerda, na altura do joelho, em decorrência de um acidente de moto em junho de 2016, é quem estampa as fotos que chegam aos abrigos de ônibus na cidade de São Paulo nesta terça-feira (17/12).

O acidente ocorreu na Avenida Santos Dumont, sentido centro, região do Bom Retiro, e Herberth estava com sua motocicleta entre as faixas de rolamento dos automóveis. “O trânsito havia parado, mas as motocicletas seguiam andando pelo corredor. Foi quando uma mulher abriu a porta do carro do lado do motorista”, relembra Herberth, que, na manobra que fez para desviar da porta, acabou atingindo a traseira de uma caminhonete.

“Fraturei o fêmur na região da amputação, quebrei três costelas, tive duas perfurações no pulmão, além de ter ficado com baço, pâncreas e rim comprometidos. Em razão da gravidade do acidente, fiquei em coma induzido por 40 dias. Só depois disso descobri que tinha perdido a perna”, explica.

Para poder retomar as atividades do dia a dia, Herberth precisou de um ano de recuperação, reunindo sessões de fisioterapia e reabilitação. “Tudo mudou na minha vida após o acidente, principalmente em relação às regras básicas do trânsito, que muitas vezes deixamos de seguir. Alta velocidade, jamais; passei a respeitar todas as placas de sinalização; sempre oriento meus filhos a usar o cinto de segurança até no banco de trás. Não quero mais me acidentar no trânsito nem correr o risco de ser o carrasco de alguém”, finaliza Herbeth, que espera que sua foto e sua história sensibilizem e conscientizem os demais motociclistas.