Corredores - Fluidez para os ônibus e conforto para os usuários

Os corredores nasceram da necessidade de priorizar o transporte coletivo. O objetivo é melhorar o tráfego de veículos, diminuir o tempo de deslocamento dos passageiros em suas viagens e facilitar a circulação de pedestres nas calçadas.

 
O primeiro corredor de ônibus implantado em São Paulo foi o Paes de Barros (na zona leste), em 1980. Desde a implantação destes equipamentos públicos os ônibus foram transferidos para o centro das avenidas e ruas nos dois sentidos. Os pontos passaram a ser no canteiro central com aplicação adequada dos semáforos e acessibilidade garantida.
 
Nos corredores há terminais de transferência que possibilitam a transposição dos usuários para as outras linhas. Eles ligam as linhas de ônibus dos bairros aos terminais e vice-versa. Desta forma, o tempo gasto no percurso tende a ser menor, proporcionando conforto e praticidade aos usuários.
 
Para resistir à quantidade de carga correspondente a cada eixo dos ônibus, os pontos de parada contam com pavimento de concreto e o restante do corredor, asfalto. A freqüência com que os veículos passam pelo ponto também é levada em conta pela engenharia neste dimensionamento.
 
Os corredores existentes na cidade

 

 Nome (inauguração)

 
Extensão
Passageiros
Região
Pirituba/Lapa/Centro (2003)
15 km
332 mil/dia
noroeste
Inajar/Rio Branco/Centro (1991)
12 km
161 mil/dia
norte
Santo Amaro/9 de Julho/Centro (1987)
11 km
585 mil/dia
sul
Campo Limpo/Rebouças/Centro (2004)
12 km
416 mil/dia
sudoeste
Ibirapuera (2004)
6 km
417 mil/dia
sul
Itapecerica/João Dias/
Santo Amaro (2000)
8 km
232 mil/dia
sul
Parelheiros/Rio Bonito/
Santo Amaro (2004)
27 km
399 mil/dia
sul
Jardim Ângela/Guarapiranga/
Santo Amaro (2004)
8 km
459 mil/dia
sul
Paes de Barros (1980)
4 km
60 mil/dia
leste
Expresso Tiradentes (2007)
8 km
33 mil/dia
sudeste
 Considera todas as linhas que passem por pelo menos 25% da extensão de cada corredor.
Troca de pavimentação
Em 2008 a SPTrans vai substituir o pavimento asfáltico por concreto em pontos de parada de ônibus de três corredores da cidade - Paes de Barros, Santo Amaro/Nove de Julho/Centro e Pirituba/Lapa/Centro.
Além de ter vida útil maior, o pavimento rígido aumenta o conforto dos passageiros nas paradas, pois não causa depressão no solo. A pavimentação não é simplesmente um trabalho de recapeamento, pois envolve troca de solo para que os ônibus possam circular sem problemas de desgaste prematuro.
No futuro todos os corredores terão o pavimento em concreto, mais barato para os cofres públicos. Atualmente o pavimento asfáltico tem custo mais baixo, mas exige manutenção maior.
 

Projetos recentes

 
Com o término das obras de ampliação do Corredor Ibirapuera/Santo Amaro, no trecho da avenida Vereador José Diniz, entre as avenidas Vicente Rao e Adolfo Pinheiro, prevista para o final do ano, os passageiros dos bairros de Parelheiros, Interlagos, Cidade Dutra e Jardim Ângela terão um transporte público de mais qualidade.
 
Outro corredor de extrema importância para a cidade, o Campo Limpo/Rebouças/ Centro, também está sendo readequado. Em função da deteriorização do pavimento deste corredor, projetado para atender uma demanda de 150 ônibus/hora, mas que atualmente, recebe mais de 200 ônibus/hora, a SPTrans adotou um conjunto de medidas de intervenções para a sua recuperação. Entre elas, fresagem e recapeamento das vias, recuperação de guias e sarjeta e a execução de sinalização viária e a implantação de pavimento rígido (concreto) nas paradas.

Projetos Futuros 

Para 2008, está previsto a construção de dois novos corredores, o Expresso Celso Garcia e o Berrini.
 

São Miguel / Celso Garcia / Centro

 
Com 25 km de extensão e 70 pontos de paradas por sentido. Esse corredor sai da avenida Marechal Tito, segue pela avenida São Miguel, Celso Garcia, Rangel Pestana e termina na rua do Gasômetro, no bairro da Mooca.
 
Berrini
 
Com 3 km de extensão e 10 pontos de parada por sentido, o corredor começa na frente do Shopping Morumbi (Largo Los Andes), passa pela rua Funchal e termina na rua Gomes de Carvalho. A previsão é que também sejam construídos dois terminais: Vila Olímpia e Águas Espraiadas.
 
A Audiência Pública para a licitação da obra destes corredores ocorreu em outubro de 2007. Neste momento, a SPTrans providencia os editais de pré-qualificação da obra e dos projetos básicos e executivo.
 

O Expresso Tiradentes 

O Expresso Tiradentes é um corredor de transporte de última geração ligando o Parque D. Pedro, o Sacomã e a Cidade Tiradentes, com um total de 32 quilômetros de extensão de pista exclusiva para transporte coletivo, seis terminais e 18 estações de transferência e 29 paradas.
 
Com a ampliação do Expresso, o tempo de viagem entre o Centro e a Cidade Tiradentes, que hoje costuma superar duas horas nos horários de pico, deve cair pela metade. Quando totalmente implantado, o corredor deverá beneficiar entre 350 e 400 mil passageiros por dia, atendendo a uma população de 1,5 milhão de habitantes.
 
Com recursos municipais, federais e estaduais, o custo total da obra será de cerca de R$ 1,4 bilhão quando concluída. As gestões anteriores investiram R$ 600 milhões em valores atualizados (R$ 270 milhões entre 1997 e 2000 e R$ 330 milhões entre 2001 e 2004).
 
A atual gestão investiu entre 2005 e 2006 R$ 226 milhões somando todas as fontes de recursos. No primeiro semestre de 2007, foram injetados R$ 71 milhões e a previsão para o segundo semestre é de R$ 98 milhões. Para todo o ano de 2008, a expectativa, sempre somando recursos municipais, federais e estaduais, é de R$ 461 milhões.