O número de viagens realizadas por meio do programa Bike Sampa, que faz parte do novo sistema de compartilhamento de bicicletas gerenciado pela Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), cresceu 34% em São Paulo em apenas uma semana. A principal motivação foi a crise gerada pela baixa oferta de combustíveis por ocasião da greve dos caminhoneiros. Dados da Tembici, operadora do Bike Sampa, revelam que entre os dias 21 e 27 de maio houve 19.164 viagens do tipo, ou 4.895 a mais do que o número contabilizado entre os dias 14 e 20 deste mês (14.269). A operadora constatou ainda um aumento expressivo na quantidade de cadastros, que mais que dobrou em uma semana.
Os indicadores mais recentes confirmam que a política da atual administração de incentivo ao uso de diferentes modais pelos paulistanos em seus deslocamentos está no caminho certo. Também mostram que apostar na integração cada vez maior entre os modais de transporte disponíveis é importante para a cidade.
Desde quando o programa de compartilhamento foi inaugurado, em janeiro deste ano, o número de viagens realizadas, conforme registra o sistema da operadora, tem apresentado recordes, sendo que os mais recentes foram constatados justamente durante a semana de crise no abastecimento dos combustíveis. O mais novo recorde foi alcançado ontem, dia 29, quando foram contabilizadas 4.845 viagens de bikes compartilhadas.
Na semana entre 21 e 27 de maio, o número médio de cadastros mais que dobrou na operadora. Entre os dias 14 e 20 de maio, houve 1.798 cadastros. Já na semana subsequente, entre os dias 21 e 27, este número subiu para 3.974. Só no domingo, dia 27, o número de cadastros triplicou em relação ao domingo anterior, dia 20, passando de 522 para 1.626.
Regulamentação
Com o objetivo de estimular a intermodalidade, a atual administração regulamentou o compartilhamento de bicicletas na cidade, abrindo a possibilidade de empresas atuarem como operadoras de bicicletas compartilhadas mediante cadastramento junto ao Comitê Municipal de Uso do Viário (CMUV). Desta forma, podem implantar suas redes operando sistemas com estações fixas ou sem estações (conhecido como sistema dockless).
A nova regulamentação, oficializada em setembro do ano passado, possibilitou a coexistência de diferentes operadoras para o setor. Há, atualmente, cinco empresas cadastradas como operadoras de bicicletas compartilhadas na cidade: Tembici, Trunfo, Mobike, Serttel e Yellow.
Bike Sampa
O Bike Sampa começou a operar no novo modelo em 30 de janeiro deste ano. Ele apresenta a tecnologia de um dos mais modernos sistemas de compartilhamento de bicicletas do mundo. Desenvolvido pela Secretaria de Mobilidade e Transportes, o modelo tem facilidades como permitir que o usuário leve a bicicleta para casa. O programa é patrocinado pelo Itaú e operado pela Tembici.
Contadores de bikes
O volume de viagens de bicicletas também cresceu na Avenida Faria Lima e na Rua Vergueiro em apenas uma semana. Na Avenida Faria Lima, entre os dias 14 e 20 deste mês, o número de passagens de bicicletas foi de 28.947 enquanto na semana seguinte, entre os dias 21 e 27, o número subiu para 33.487, o que representa um aumento de 15% no período.
Já na Rua Vergueiro, o crescimento foi de quase 12%, indo de 12.676 passagens de bicicletas entre os dias 14 e 20 de maio, para 14.170 na semana seguinte.