De Secretaria Especial de Comunicação
O que a sua cidade está fazendo para catalizar um futuro urbano sustentável para todos? Com o objetivo de concentrar ideias sobre o tema, a cidade de São Paulo recebe a Conferência “Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis”. O evento acontece até 20 de setembro no Parque Ibirapuera, na Zona Sul, reunindo prefeitos, gestores municipais e especialistas em cidades de todo o Brasil e exterior para o debate de soluções voltadas ao crescimento urbano sustentável.
“Este é mais um evento que se discute a agenda global, especialmente o papel dos governos locais, municípios, estados e regiões, na agenda climática. Recentemente tivemos um encontro em Salvador, são encontros preparatórios para a COP-25, que será realizada no Chile, e portanto, este espaço serve para a troca de experiências, discutindo o que o mundo inteiro está fazendo para implantarmos nas nossas cidades”, afirmou o prefeito Bruno Covas, que participou da abertura, realizada na manhã desta quarta-feira (18).
O evento é uma parceria entre a Plataforma Global para Cidades Sustentáveis (GPSC), liderada pelo Banco Mundial, Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Relações Internacionais (SRI) e Programa Cidades Sustentáveis. O objetivo é ajudar as cidades parceiras a avançarem em direção da competitividade, inclusão e resiliência.
Também fazem parte das atividades o 3º Encontro Global da Plataforma Global para Cidades Sustentáveis e a 2ª Conferência Internacional sobre Cidades Sustentáveis. A programação completa pode ser acessada em https://conferencia2019.cidadessustentaveis.org.br/
Durante a abertura de hoje uma mesa redonda de prefeitos, contou com a participação do Prefeito Bruno Covas, e da vice-prefeita de Paris, Penélope Komitès. Em outras mesas ao longo da manhã, líderes de cidades brasileiras e internacionais discutirão suas abordagens estratégicas para o desenvolvimento urbano sustentável.
“É um privilégio para o banco mundial trabalhar com cidades do mundo inteiro. Apoiar um desenvolvimento sustentável de sistema urbano, com varias cidades do mundo, é muito importante para manter a relação do Banco Mundial com as nossas cidades parceiras”, disse o diretor global para práticas urbanas de conhecimento e gerenciamento para a América Latina do Banco Mundial, Ming Zhang.
O evento conta com nove sessões temáticas concentradas em tópicos centrais do planejamento e gestão da cidade, incluindo: biodiversidade; financiamento do desenvolvimento urbano sustentável; desigualdades de gênero e raça; geração de oportunidades, trabalho e renda; dados geoespaciais; inclusão e habitação a preços acessíveis; participação social; desenvolvimento orientado para o trânsito e regeneração urbana.
Esses tópicos estão alinhados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 das Nações Unidas e aos três pilares de conhecimento do GPSC: sustentabilidade, planejamento na gestão urbana integrada e finanças municipais.
“Se existe uma coisa que nos une é essa ideia de transitar por um novo modelo de desenvolvimento sustentável. Para isso temos enormes desafios, econômicos de acabar com a pobreza e reduzir as desigualdades; sociais, de educação e saúde gratuita e de qualidade para toda a sociedade; e os ambientais, de redução de emissões, que no Brasil tem uma relação muito forte de reduzir o desmatamento, mas é possível enfrentá-los para avançarmos em direção ao desenvolvimento sustentável”, disse o coordenador geral do Programa Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.
Além dos participantes brasileiros, o evento reúne representantes das 28 cidades do GPSC em 11 países, juntamente com seus parceiros e investidores. O público estimado durante toda a semana é de 800 pessoas, incluindo líderes urbanos, funcionários públicos, profissionais do urbanismo, pesquisadores acadêmicos, jornalistas, especialistas de instituições financeiras, organizações internacionais, ONU, líderes do setor privado e organizações da sociedade civil. A conferência "Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis" é apoiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
Durante a abertura, Covas lembrou de ações importantes adotadas nos últimos anos pela Prefeitura de São Paulo voltadas para o desenvolvimento sustentável, como o 011 Lab, Wi-Fi Livre SP, Recicla Sampa, Pátios de Compostagem e os Ecopontos. “A proteção dos ecossistemas não se limita a conservação de parques, florestas e redução de emissões. Nós somos parte desse ecossistema. A preocupação com a humanidade é peça chave para a garantia da sustentabilidade. A cidade de São Paulo, com mais de 12 milhões de pessoas, é um exemplo sensível de diversidade, alicerçada por uma cultura migrante e imigrante, abrigando nesta metrópole diferentes crenças, gêneros e etnias”, disse o prefeito.
Plataforma do Conhecimento e do Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis
Durante a conferência, o prefeito Bruno Covas assinou um memorando de entendimento para que a Prefeitura de São Paulo passe a fazer parte da primeira versão da Plataforma do Conhecimento e do Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis, lançada pelo Programa Cidades Sustentáveis (PCS) e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGTEE).
A declaração de São Paulo é um apelo para integrar respostas às mudanças climáticas, a perda da biodiversidade e para a desigualdade social, um compromisso para a busca de soluções integradas com o objetivo de proporcionar um crescimento verde e competitivo de baixa emissão de carbono e a construção de sociedades resilientes, inclusivas e habitáveis.
“É um memorando onde a prefeitura busca por parceiros internacionais para poder atuar na questão ambiental. Temos recursos de vários organismos disponibilizadas para atuarmos nesse tema e estamos colocando técnicos da Prefeitura para trabalhar em conjunto com o Banco Mundial, com o objetivo de captarmos este recurso e também para que a gente apresente projetos que possam ser replicados no mundo todo”, explicou o prefeito.
O foco é empreender em ações concretas, compartilhar e registrar respostas para o estabelecimento de metas de baixas emissões de carbono, conservar e aprimorar a biodiversidade urbana, além de promover a inclusão social.
Conforme o memorando, o município de São Paulo estabelece uma importante parceria com o Banco Mundial, se comprometendo com ações voltadas para a sustentabilidade urbana, além de traçar medidas voltadas ao desenvolvimento sustentável da ONU até 2030.
O sistema, aberto e gratuito, funcionará como um instrumento de acompanhamento para pesquisadores da área e para a população. Com ele, será possível acompanhar as informações e a evolução dos indicadores das cidades participantes, por meio de comparativos, gráficos e tabelas.
A plataforma é uma das frentes de ação do projeto CITinova, realizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), com o financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), gestão da ONU Meio Ambiente, e coexecução do Programa Cidades Sustentáveis (PCS), Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Secretaria do Meio Ambiente (SEMA/GDF) e ARIES/Porto Digital.
“São Paulo Statement on Urban Sustainability”
Covas também lançou a declaração “São Paulo Statement on Urban Sustainability", que tem por objetivo incentivar os Prefeitos participantes do evento e outros governos locais a fomentarem políticas públicas que beneficiem a biodiversidade, o desenvolvimento urbano sustentável e a redução dos impactos das mudanças climáticas.
“Para a cidade de São Paulo é uma grande honra participar da construção deste encontro junto à Plataforma Global de Cidades Sustentáveis, tratando com a devida seriedade as questões relacionadas ao futuro urbano que queremos. As cidades desempenham um papel cada vez mais importantes na implementação de pautas internacionais e, por isso, governos municipais são peças fundamentais para a organização de agendas urbanas voltadas para o desenvolvimento sustentável”, afirmou o prefeito Bruno Covas.
Prêmio Cidades Sustentáveis
Durante a Conferência, serão anunciados os vencedores da terceira edição do Prêmio Cidades Sustentáveis, contemplando administrações municipais de todo o Brasil que tenham políticas públicas bem-sucedidas e inovadoras na redução das desigualdades, com resultados concretos e mensuráveis em três categorias: desigualdade econômica (foco em gênero e raça); acesso a serviços (saúde, educação e infraestrutura); e acessibilidade.
O prêmio é realizado pelo Programa Cidades Sustentáveis e pela Oxfam Brasil, com o apoio do CITinova, Instituto Arapyau e Fundação Ford, e tem como parceiros a Associação Brasileira de Municípios e Frente Nacional de Prefeitos.
Participação da Prefeitura
A Prefeitura de São Paulo estará presente em diferentes mesas de debate. Nesta quarta-feira (18), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDT) lança a Plataforma do Conhecimento e do Observatório de Inovação para Cidades Sustentáveis.
Na quinta-feira (19), as 9h, representantes da Secretaria Municipal de Habitação (SEHAB) discutem inclusão e moradia acessível. Mais tarde, as 11h, a biodiversidade urbana e a contabilidade do capital natural serão temas da mesa com representantes da Secretaria do Verde e Meio Ambiente (SVMA).
Já na sexta-feira (20), estão previstas visitas técnicas a projetos desenvolvidos pelo município em diversas regiões da capital.
Serviço:
Catalisando Futuros Urbanos Sustentáveis:
3º Encontro Anual da Plataforma Global Cidades Sustentáveis e 2ª Conferência Internacional Cidades Sustentáveis
Data: Até 20 de setembro
Horário: 9h
Local: Parque Ibirapuera, portão 3 – Zona Sul