PREFEITURA DE SÃO PAULO

Secretaria Municipal da Saúde alerta para a prevenção da Covid-19

Doença causada pelo novo coronavírus deve ser evitada com atitudes de higiene, como lavar as mãos corretamente e frequentemente

03/03/2020 15h55

 De Secretaria Especial de Comunicação

Não é de hoje que precisamos ficar atentos à prevenção das doenças virais. Você se lembra quais eram as instruções para evitar o vírus do ebola, varíola, H1N1, sarampo e até mesmo a gripe comum? Caso a resposta seja “não”, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo vai relembrar esse histórico para alertar que a prevenção é a palavra de ordem na chegada do coronavírus ao Brasil, com a confirmação do primeiro caso na cidade de São Paulo.

Os coronavírus são uma grande família de vírus, já em circulação no Brasil, causadores de resfriados comuns, além de outras doenças mais graves como a Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS) e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), que provocaram epidemias nos anos de 2004 e 2012, respectivamente. O novo coronavírus foi denominado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como SARS-CoV2 e a doença causada por ele é Covid-19.

O risco de contrair a doença depende de você ter viajado nos últimos dias para áreas de circulação do novo vírus no mundo. Também estão em maior risco aqueles que tiveram contato próximo com as pessoas que tiveram a confirmação do contágio pelo vírus, nos locais onde o vírus circulou.

“A infecção ocorre por meio da exposição não protegida e por contato próximo às pessoas com a doença que apresentam os sintomas como espirro e tosse. Por isso é indispensável manter boas práticas de higiene das mãos e etiqueta respiratória (cobrir com o braço a boca e nariz em caso de espirro ou tosse). Na suspeita ou início de sinais relacionados à doença ou contato com pacientes diagnosticados, quando percebido a febre ou sintomas de infecção respiratória, procurar imediatamente serviço de assistência à saúde para consulta”, alerta o infectologista da Divisão de Vigilância Epidemiológica (DVE) da Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), Milton Lapchik.

Sintomas
Os sintomas do novo coronavírus são semelhantes aos de uma gripe. A maioria dos pacientes manifesta sinais leves ou moderados, contudo há casos graves e até fatais. “O paciente pode apresentar febre, tosse, dor de garganta, ou mesmo dificuldade respiratória (falta de ar). Em situações de maior gravidade clínica, o doente pode desenvolver pneumonia”, adverte o infectologista.

Diagnóstico
Todo o caso suspeito de infecção deve ser notificado aos órgãos oficiais de vigilância. A partir da notificação, no próprio serviço de atendimento à saúde, deverá ser coletada secreção respiratória para pesquisa do vírus no laboratório de referência do governo, o Instituto Adolfo Lutz (IAL).

Segundo o especialista, o isolamento deve ser realizado para casos suspeitos e confirmados. Quando o diagnóstico for descartado por exame laboratorial, o isolamento deverá ser suspenso. “A internação hospitalar está indicada para casos graves. Se o paciente se apresentar sem gravidade clínica, poderá ser atendido em regime domiciliar”, conclui.

Assim como no contágio da gripe, os mais vulneráveis parecem ser pessoas idosas (acima de 60 anos) ou pessoas com doenças respiratórias pré-existentes. Por esse motivo, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo antecipará a campanha de imunização em 23 dias, com início em 23 de março. Outra boa notícia é que o Instituto Butantan aumentará a produção de vacinas contra a gripe para 75 milhões de doses, em 2020.