Nesta terça-feira, dia 06 de maio, aconteceu a Inauguração das Alças de Acesso ao Terminal de Cargas Fernão Dias. O evento contou com a presença do Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, Prefeito de Guarulhos Elói Pietá, Superintendente do DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes) Ricardo Madalena, do Governador do Estado de São Paulo José Serra, do Subprefeito de Vila Maria/Vila Guilherme Antonio Perosa, entre outras autoridades.
A obra era esperada há 23 anos pela população. Para o prefeito Gilberto Kassab a obra mostrou a união em prol de políticas públicas. “A união entre os Governos Federal, município de Guarulhos e São Paulo, demonstrou a preocupação no bem estar de todas as pessoas e não a disputa entre partidos”, disse. O subprefeito Perosa ressaltou também a boa comunicação entre os órgãos. “O diálogo foi ótimo e conseguimos construir as Alças”.
O Governador José Serra elogiou a conduta do subprefeito e comentou: “A obra somente saiu pela determinação do subprefeito Antonio Perosa”. Ainda segundo Serra a obra vai beneficiar cerca de 600 mil moradores da região e retirarará do local 10 mil caminhões/dia. “É menos, poluição sonora, fumaça e trânsito na vida dos moradores”, comentou.
Após descerrar a placa as autoridades utilizaram uma buzina para dar a partida inicial aos caminhoneiros ansiosos por utilizar as Alças de Acesso. Enquanto isso, houve uma explosão de fogos promovida pela Lero-Lero Fogos de Artifício.
A obra
As obras das Alças de Acesso foram iniciadas em abril de 2007 e o contrato foi firmado entre a Prefeitura de São Paulo, Prefeitura de Guarulhos e Ministério dos Transportes (por meio do DNIT – Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes).
Os recursos inicialmente previstos para as obras foram divididos entre o Governo Federal – R$ 9,3 milhões – R$ 150 mil do município de Guarulhos e R$ 800 mil do município de São Paulo. No entanto, licitação efetuada pela Prefeitura de São Paulo conseguiu reduzir os custos de toda obra em aproximadamente 30%, de R$ 10.236,174,86 (previsão do governo federal baseada em seus custos de obras) para R$ 7.147.890,47, portanto uma economia de mais de R$ 3 milhões.
Durante a obra foi feito um aditivo de R$ 1.786.873,08, por conta da construção de galerias da CTEEP – Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista - para evitar o rompimento dos cabos de energia elétrica durante o trânsito dos caminhões. Na região passam cabos de 300 mil volts de três companhias diferentes (Eletropaulo, CTEEP e Bandeirantes). Caso alguma coisa aconteça metade de São Paulo e cidades vizinhas ficariam sem energia elétrica.
Números da Obra
· 300 postos de trabalho, entre operadores de máquinas, motoristas, pedreiros, ferreiros, carpinteiros, serventes, encarregados, equipes técnicas.
· 1 milhão e 500 mil m³ de entulhos removidos
· 91 bocas de lobo construídas
· 192 metros de defensa colocadas
· 2 mil árvores plantadas (ipês amarelo, roxo e branco, coração negro, embiruçu, cibipiruna e palmeira real)
História da obra
O Terminal de Cargas (da EMURB), denominado Fernão Dias, foi iniciado na gestão Mário Covas (1985) e concluído no final dos anos oitenta, no bairro de Vila Sabrina, na Zona Norte da Capital, ficando junto às Rodovias Federais Fernão Dias e Presidente Dutra.
Em 17/05/1993 o ex-governador Mario Covas assinou um contrato para a duplicação da Rodovia BR 318 - Fernão Dias e a construção de um viaduto entre os municípios de São Paulo e Guarulhos e as Alças de Acesso para ligar Norte e Sul do Estado via rodovias Fernão Dias e Dutra.
Em dezembro de 2004 foi executado pela CET - Companhia de Engenharia de Tráfego - , o primeiro dos seis acessos ligando o Terminal de Cargas à Rodovia Fernão Dias.
Em 2005, a Prefeitura de São Paulo verificou que o convênio para a realização das obras não estava regularizado e o prazo para reserva da verba terminava em outubro. Houve uma corrida contra o tempo e a firmação da prorrogação do prazo para março de 2006.
A licença ambiental, documento essencial e sem o qual a obra não sairia do papel, foi conseguido em menos de 40 dias.
Em março do mesmo ano todos os papéis já estavam nas mãos do DNIT – Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – e o convênio foi regularizado.
Depois, veio o período de licitação que culminou com a abertura dos envelopes em 19 de dezembro de 2006.
Em março de 2007 foi homologada a empresa vencedora das alças: JOFEGE.
Durante as obras houve alguns contratempos como a construção de lajes em cima das galerias da CTEEP, mas que foram resolvidas rapidamente pelas Prefeituras de São Paulo e Guarulhos, pela construtora JOFEGE e pela própria Companhia de Transmissão Elétrica.