Nota sobre a conservação dos cemitérios Araçá, Consolação, Quarta Parada, Vila Mariana e Vila Formosa

Saiba como tem caminhado a revitalização de alguns dos principais cemitérios municipais de São Paulo

A cidade de São Paulo tem 22 cemitérios municipais, 118 velórios e 1 crematório. Juntos, formam a segunda maior área verde do município, cada qual com sua particularidade. Confira como estão os avanços na revitalização dos cemitérios Consolação, Araçá, Quarta Parada, Vila Mariana e Vila Formosa:

Consolação: O último caso de furto foi há 60 dias; desde então, o efetivo da GCM aumentou, agora são três guardas nos períodos matutino/vespertino e quatro no período noturno. Destaca-se que o cemitério Consolação ganhou, nesta semana, o Certificado de Excelência 2016 através das avaliações dos usuários do TripAdvisor, que é o maior site de turismo do mundo com cerca de 340 milhões de visitantes mensais. Também, por ser conhecido popularmente como museu a céu aberto, recebeu a tecnologia do QR Code e têm realizado atividades culturais que atraem milhares de pessoas à necrópole.

Araçá: Desde o início deste ano, a administração da necrópole registrou apenas um caso de furto, no mês de abril. Acredita-se que isto seja fruto da instalação do sistema de iluminação nas principais vias internas do cemitério Araçá, que até então, estava às escuras desde 1990. Além disso, o cemitério municipal Araçá recebeu outras melhorias. No início deste ano (29 de fevereiro), reinaugurou suas oito salas de velório e a agência de contratação funerária; há 15 anos o local estava sem receber qualquer tipo de reforma. Os investimentos foram de R$500 mil. Com as novas obras finalizadas, as instalações do local foram modernizadas e receberam a implantação de rampas e banheiros com acessibilidade para cadeirantes, por exemplo.

Quarta Parada: Em outubro do ano passado, foi feita uma intervenção para melhorar a segurança da necrópole; entre as ações realizadas, o SFMSP fez o remanejamento de servidores e fechou com alvenaria mais de 500 túmulos que haviam tido seus portões furtados em gestões anteriores. A intervenção teve apoio da Controladoria Geral do Município e a determinação do SFMSP de fechar com alvenaria os túmulos furtados tem sido intensificada.

Vila Mariana:
No ano passado, O Serviço Funerário Municipal recapeou diversas ruas internas do Cemitério Vila Mariana. Também houve pintura intramuros e do lado de fora da necrópole. Por estar em bom estado de conservação, o cemitério tem recebido atividades culturais como a peça TERRA de DEITADOS: Documentário cênico sobre a morte na vida da grande cidade, que está em cartaz há quase dois meses, sempre aos finais de semana, com capacidade máxima de público em todas as apresentações. Neste período, não houve reclamações de munícipes em referência a sujeira ou abandono do local.

Vila Formosa: O último caso de furto no maior cemitério da América Latina foi em maio de 2016. Sobre os investimentos no cemitério, vale destacar a aquisição das mini retroescavadeiras em janeiro deste ano; antes, os sepultadores abriam 20 covas por dia, com as máquinas, abrem 62. Isto melhorou a salubridade dos servidores e otimizou o atendimento ao munícipe.

Sobre túmulos furtados

Primeiramente, é preciso diferenciar túmulos violados de túmulos furtados. Não há túmulos violados, ou seja, cujas ossadas foram levadas. Há casos de furtos de portões e peças de bronze. De forma proativa, a administração do cemitério faz boletins de ocorrência; no entanto, é fundamental que os donos dos túmulos comuniquem à administração casos de furto de seus jazigos, bem como façam o BO para colaborar com dados, intervenções e investigações que coíbam este tipo de ação.

Peças que foram recuperadas, resultado de flagrantes efetuados pela Guarda Civil Metropolitana, aguardam que as famílias responsáveis façam o reconhecimento de seus objetos e retirem para providenciar a reposição, basta entrar em contato com a administração do cemitério.

O Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) não cobra dos concessionários taxa de manutenção para conservação de jazigos, sepulturas e espaços comuns. Porém, faz reparos em respeito à população nas sepulturas cujos portões foram furtados, fechando estes jazigos com alvenaria.

Vale lembrar que as sepulturas são concessões da administração municipal; a família paga uma taxa única de concessão e, para permanecer com direito ao uso do espaço por tempo indeterminado, basta garantir a manutenção e conservação do jazigo. Sendo assim, um túmulo do século XIX, por exemplo, pagou apenas uma vez pela concessão, ficando toda manutenção a cargo da administração municipal.

Da mesma forma as concessões adquiridas nos últimos anos também são isentos de novas taxas. Há, nos cemitérios, dezenas de túmulos abandonados, que estão em processo legal para retomada do terreno pela Prefeitura Municipal (o chamado “processo de comisso”). Antes do fim deste processo, o SFMSP não pode interferir fisicamente nestes jazigos.

Por isto, é imprescindível que as famílias mantenham seus dados atualizados nas administrações dos cemitérios, para que, em caso de necessidade, o SFMSP possa se comunicar com os concessionários e informar caso haja algum problemas.