Na tarde desta quinta-feira, 8 de outubro, o Serviço Funerário do Município de São Paulo recebeu os filhos de Virgílio Gomes da Silva, tido como o primeiro desaparecido político durante o período da ditadura no país, para apresentar o projeto em andamento da homenagem que será prestada, na figura de Virgilio, representando todos os companheiros que sofreram durante os 21 anos da repressão militar.

O encontro contou com a participação dos representantes da secretaria dos Direitos Humanos, a superintendente Lúcia Salles França Pinto e a equipe técnica que desenvolveu o projeto paisagístico chamado “Pra não dizer que não falei das flores”.

No cemitério Vila Formosa, após pesquisa dos integrantes da Comissão da Verdade foram encontradas várias ossadas, mas não identificadas. O projeto contará a história de cada ano desde o golpe dado em 1964 até o seu término, em 1985, através de árvores como macieiras, pitangueiras, jabuticabeiras e placas.

Ao final da apresentação do projeto, que terá início em dezembro próximo, Vlademir Gomes da Silva, um dos filhos de Virgílio, disse estar “muito emocionado com a homenagem, com tamanho simbolismo e sensibilidade, e com toda a certeza, terei o prazer de visitar o cemitério Vila Formosa como filho e como munícipe”.