Depois de “O Castelo do Barba Azul”, ópera encenada em 2006, e “Rigoletto”, em 2011, o dramaturgo Felipe Hirsch reedita a parceria com Daniela Thomas e Felipe Tassara em duas novas montagens neste mês de outubro no Theatro Municipal de São Paulo. O programa duplo é formado por “Violanta”, de Erich Wolfgang Korngold, que estreou na capital da região alemã da Bavária, Munique, em 1916, e “Uma Tragédia Florentina”, de Alexander von Zemlinsky, levada aos palcos em 1917, na cidade de Stuttgart, também na Alemanha.

Tradicionalmente, essas óperas são apresentadas em sequência. Em comum, elas têm diversos fatores: ambas se passam em duas capitais italianas, Veneza (“Violanta”) e Florença (“Uma Tragédia Florentina”), têm um único ato e são inéditas em São Paulo. As duas trazem, ainda, triângulos amorosos protagonizados por um marido traído chamado Simone e um amante da realeza. Os finais, contudo, são bem diferentes.

Sob a regência de Luís Gustavo Petri, que também assina a direção
musical, a Orquestra Sinfônica Municipal se apresenta acompanhada do Coral Lírico em “Violanta”. A soprano Eiko Senda está no papel-título, o barítono Rodrigo Esteves interpreta o marido da protagonista, Simone Trovai, e o tenor Martin Muehle vive Don Alfonso, o príncipe de Nápoles. Depois de descobrir que sua irmã cometeu suicídio por não ver o amor por Don Alfonso ser correspondido, Violanta decide vingar-se do príncipe, convencendo seu marido a matá-lo. A heroína marca um encontro com o membro da realeza em seu quarto, sem identificar-se. Depois de conhecer as dificuldades da vida do nobre, ela revê seu plano e desiste, apaixonando-se por Don Alfonso. O amor proibido dos dois é reprimido por Simone, que tenta cumprir o plano, mas acaba ferindo a própria mulher.

“Uma Tragédia Florentina” tem a soprano Céline Imbert no papel de Bianca, esposa de Simone, interpretado pelo barítono Federico Sanguinetti. A ópera narra a história do comerciante Simone, que retorna à sua casa e encontra a mulher na companhia de um príncipe. Sem revelar a traição, Bianca e o nobre provocam Simone que, primeiramente, esconde seu incômodo com a situação, mas logo parte para a luta, que tem um final irônico.

Serviço: Theatro Municipal de São Paulo. Centro. Dias 18 e 20, 20h. Dia 21, 17h. R$ 40 a R$ 100. Classificação indicativa: 10 anos. Ingressos: www.ingressorapido.com.br/prefeitura