Na última quinta-feira (31), o prefeito de São Paulo recebeu em uma cerimônia oficial na Coordenadoria da Gerência Hospitalar (COGERH) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), localizado no Bom Retiro, o Certificado de Acreditação como Centro de Emergências Médicas de Excelência. Oferecido pela Academia Internacional de Despacho de Emergência, a certificação coloca a cidade em posição de referência internacional na qualidade dos serviços de atendimento pré-hospitalar.
Para receber o certificado, o SAMU aderiu a um protocolo de condutas técnicas de controle de qualidade dos serviços, que prevê o treinamento de todos os funcionários envolvidos no socorro de pacientes e a colocação de quase 100 % de deficientes na Central de Atendimento. De acordo com a análise das chamadas dos pacientes, a Academia avalia por completo o processo de atendimento, desde a recepção do atendente às ligações até a classificação de emergências. São Paulo é a única cidade da América Latina que possui o título.
Uma das mudanças do SAMU foi a diminuição do tempo de espera para o atendimento, intervalo entre as ligações e o atendimento, para dez minutos, tempo considerado ótimo para a chegada de auxílio nos padrões internacionais. Em 2004, o mesmo atendimento era feito em 35 minutos. Esta queda no tempo de atendimento só foi possível por causa de investimentos e melhora na estrutura do serviço oferecido.
Outro destaque nos serviços é a implantação de um protocolo internacional de atendimento, já usado em 43 países para agilizar o despacho da ambulância. Através de uma série de perguntas feitas pelo atendente ao solicitante, de acordo com as respostas o sistema aponta diagnósticos presumidos, que são avaliados e depurados pelo médico regulador, ajudando o trabalho da equipe na hora de enviar o socorro.
Atualmente, o SAMU faz 1.200 atendimentos diários a partir de nove mil ligações recebidas, e conta com uma infraestrutura de 125 ambulâncias, 36 motocicletas, 73 bases e 2.503 funcionários, dentre eles 146 médicos, 323 enfermeiros, 1.214 auxiliares de enfermagem, 670 motoristas e 150 técnicos auxiliares de regulação médica. A equipe dobrou em oito anos, passando de 74 profissionais para 146.