_{Equipe de Obras da Subprefeitura: Mariane, Nézio, Mário e Osório}

Hoje (15/3) os funcionários Nézio Sebastião Alves, Osório Afonso Generoso Filho e Mário Ferreira Costa realizaram as trocas das bandeiras do Estado e da Cidade de São Paulo que ficam permanentemente hasteadas na Ponte das Bandeiras, interligação entre a região Central e o bairro de Santana, na zona norte.

A Subprefeitura Sé realiza a substituição das bandeiras a cada seis meses. A coordenadora de Projetos e Obras, Mariane Simões, explicou que as trocas ocorrem, pois por conta da ação do tempo, as bandeiras deterioram, rasgam, e perdem a cor original.

Enquanto retirava a bandeira do Estado, Nézio contou que há mais de 20 anos ele faz as trocas de todas as bandeiras da região da Sé. “Sinto orgulho do meu trabalho. Quando depois de subir mais de 100 degraus em cada torre, abrimos as bandeiras, fazemos os nós e as hasteamos, temos a sensação de dever cumprido”, disse o sorridente funcionário.

Osório, que há três meses acompanha Nézio nessa missão, relata que subir todos os degraus é uma tarefa de tirar o fôlego, mas que se sente recompensado pela linda paisagem da cidade de pedra.

 

A ponte integra as vias do Corredor Norte-Sul e têm 120 metros de comprimento e 33 de largura atendendo os dois sentidos. Ao lado há duas torres de 25 metros de altura, onde ficam as bandeiras. A do município fica na torre sentido bairro e a do Estado sentido centro.

Para a troca da bandeira da Cidade os nossos funcionários receberam a colaboração dos Bombeiros sargento Fagner e do cabo Xavier. Eles estavam equipados com caminhão escada com plataforma giratória magirus para chegar até o mastro. Enquanto isso, lá embaixo, o agente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Pedro Okabe, interditava uma faixa para o uso do Caminhão dos Bombeiros e orientava o trânsito.

Curiosidades

Bandeira de São Paulo: Da colonização à construção da cidade
A história da bandeira de São Paulo está diretamente ligada à história do País. Até inicio do século XVII, São Paulo não possuía uma bandeira. Em meados de 1603, a Câmara necessitava de uma flâmula que a representasse, então, adotou a Cruz de Cristo, mesma presente na bandeira de Portugal e usada por bandeirantes nas expedições de desbravamento do Brasil e que tinham como ponto de partida a capital paulista.

 
Após a independência do Brasil (1822), a Câmara de São Paulo passa a usar uma nova bandeira, representando a corte brasileira. A nova flâmula é utilizada até a proclamação da República em 1889.

 

Em 1917, o prefeito Washington Luís institui um brasão semelhante ao utilizado nos dias de hoje. A bandeira como conhecemos foi criada em 1987 pelo, então prefeito, Jânio Quadros.

A bandeira paulistana atual é branca e retangular, com a Cruz da Ordem de Cristo na cor vermelha e com os braços alargados. O brasão do município está localizado ao centro da cruz, em um círculo branco de contorno na cor vermelha.

O significado da bandeira de São Paulo é composto por característica das pessoas que moraram ou auxiliaram na construção da cidade. A cor branca simboliza a paz, a franqueza, honestidade e amizade dentre as raças e povos. O vermelho representa a audácia, coragem, generosidade e honra. A cruz faz referência a criação da cidade por parte de padres Jesuítas e a colonização do País. O círculo representa a eternidade e defende a posição de São Paulo como capital e líder do Estado.

A liderança, independência e desenvolvimento da cidade são representados nos dizeres Non Dvocor Dvoco, que significa "Não sou Conduzido, Conduzo", localizada na parte inferior do brasão.

Força e coragem: os desbravadores homenageados na bandeira Estadual

A bandeira do Estado de São Paulo tem relação com o início da República no Brasil e faz referência aos bandeirantes que desbravaram o País no século XVII.
Criada em 1888 e utilizada até os dias de hoje, a bandeira é composta por treze listras horizontais, variando entre branco e preto, que representam os dias e as noites enfrentadas por bandeirantes durante as expedições. O retângulo vermelho na horizontal, localizado na parte superior esquerda da flâmula, representa o sangue derramado durante essas expedições. Dentro do retângulo encontra-se um mapa geográfico do Brasil na cor azul, que representa força e coragem.

As quatro estelas, localizadas em cada canto do retângulo, fazem referência o Cruzeiro do Sul. As três cores presentes na bandeira, banco, preto e vermelho, indicam os povos negros, europeus e ameríndios, que contribuíram para construção do estado.
Em 1937, durante governo, do então presidente, Getúlio Vargas, todos os símbolos estaduais, incluindo a bandeira paulistana, foram extintos. Apenas em 17 de novembro de 1946, 58 anos após sua criação, a bandeira do Estado de São Paulo foi oficializada pelo decreto federal que devolvia aos estados e municípios o direito de cultivar símbolos próprios.