As calçadas da avenida Doutor Arnaldo já podem receber todos os tipos de pedestres sem oferecer qualquer risco ou dificuldade para a população. É que seu piso acaba de passar por uma reforma que o tornou acessível, confortável e funcional. Além disso, a avenida ganhou pequenas praças, um novo projeto paisagístico e murais em azulejos pintados pelo artista plástico Paulo Von Poser, que podem ser vistos a partir desta segunda-feira (8).
Para requalificar as calçadas, a Subprefeitura da Sé removeu o piso existente em cerca de um quilômetro de extensão, do acesso à avenida Rebouças à rua Cardoso de Almeida, com exceção do passeio da estação do Metrô. As intervenções foram feitas em etapas, sem que fosse necessário interditar grandes extensões da via. São 3,7 mil metros quadrados de pisos novos para a avenida.
O novo piso da avenida conta com as chamadas faixas de serviço e livre. A faixa de serviços, voltada para a realização de trabalhos de manutenção por parte de concessionárias de gás, telefone, eletricidade e TV a cabo, é dividida entre calçamento intertravado e verde, permeável para as águas das chuvas. A faixa livre, localizada do lado interno da calçada, destina-se à circulação dos pedestres, sem qualquer interferência física. Com largura constante de 1,8 metro, foi planejada também para atender aos portadores de necessidades especiais ou com mobilidade reduzida, e oferecer segurança durante a caminhada. Nesta faixa foi colocado o ladrilho hidráulico de 25 dados, na cor cinza-claro.
"Além de se tornar realmente acessível, a avenida, já tradicional pelas de flores, ganha a beleza de uma obra de arte feita sob medida para o local", explica Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras. O canteiro central também ganhou piso novo. A Subprefeitura prepara agora um termo de cooperação para que interessados da iniciativa privada possam fazer a manutenção da área verde do canteiro.
Bancas de flores e obras de arte
As tradicionais bancas de flores da Dr. Arnaldo também passaram por mudanças. Elas ficarão entre cinco pequenas praças, distribuídas ao longo da quadra onde já funcionam. Das atuais 23 bancas, sete foram realocadas para atender às novas especificações de acessibilidade. Um poste da Eletropaulo também mudou de lugar para melhorar o trânsito de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. A vereadora paulistana Mara Gabrilli, tetraplégica, esteve pessoalmente na avenida para inspeção, quando aprovou a acessibilidade da via recém-reformada.
A idéia das praças surgiu a partir da necessidade de aumentar a área de passeio, que era ocupada por postes de iluminação pública e árvores tombadas pelo Patrimônio Histórico. Essa nova metodologia permitiu a integração com a paisagem urbana, além de atender às exigências de livre circulação e acessibilidade.
Estes espaços também vão abrigar obras de arte. O artista plástico Paulo Von Poser preparou painéis com quatro mil azulejos pintados a mão, criados através de um trabalho desenvolvido com estudantes em escolas municipais Centro de São Paulo, em 2005. Além de flores, os painéis trazem alguns dos trabalhos dos estudantes e os retratos dos floristas.