Projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II é apresentado

Prefeito fez o anúncio ontem (4); com investimento estimado de R$ 1,5 bilhão, projeto prevê mudanças no sistema viário, terminal, centro de compras, estacionamentos e obras de drenagem

O Projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II, anunciado nesta quarta-feira (4/5) pelo prefeito de São Paulo, traz um plano amplo que prevê diretrizes para a reocupação do local, cujo investimento estimado é de R$ 1,5 bilhão. O projeto foi elaborado pela Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (FUPAM), ligada a Universidade de São Paulo (USP).

Algumas das melhorias propostas incluem mudanças no sistema viário, um terminal intermodal, unidades do Senac e Sesc, um novo centro de compras, mais vagas de estacionamento e obras de drenagem. Dividido em setores (norte, sul, leste e oeste) o espaço terá diferentes usos e ações de curto, médio e longo prazos. As primeiras obras começaram em setembro de 2010 com a demolição dos edifícios São Vito e Mercúrio e de outras 33 pequenas edificações do entorno.

Conheça o projeto

Em uma segunda parte, o projeto ainda prevê a construção de um pontilhão sobre o Rio Tamanduateí para interligar a região central e o Terminal de Ônibus Parque Dom Pedro II. Essa nova estrutura possibilitará, entre outras ações, a demolição do Viaduto Diário Popular, que descaracterizou a paisagem urbana. Na área oeste, porção vizinha ao terminal de ônibus, será construído um centro de compras e um estacionamento para dar maior dinamismo ao eixo comercial da Rua 25 de Março. Nesta fase, a Praça Fernando Costa também será beneficiada com obras que proporcionarão aumento no número de vagas de estacionamento, cerca de 2.600.

A proposta para a parte norte, área em que ficavam situados os edifícios São Vito e Mercúrio, é a instalação de unidades do Sesc e do Senac. A mudança favorece a integração com o Mercado Municipal e com equipamentos de cultura como o Espaço Catavento e o futuro Museu Estadual que será criado na antiga Casa das Retortas.

Além disso, ainda existem mudanças previstas para longo prazo. Dentre elas, estão alterações no sistema viário para melhorar a transposição leste/oeste. A idéia é construir dois túneis subterrâneos, um de cada lado do Rio Tamanduateí, para desafogar o tráfego da Avenida do Estado. Em etapa subseqüente, haverá também a demolição dos viadutos 25 de Março e Antonio Nakashima e a construção de pontilhões em nível, que promoverão a extensão da Rua do Gasômetro, da Rua Domitila e da Avenida Rangel Pestana.

Na última etapa, o Terminal Urbano Parque Dom Pedro II e o Terminal Expresso Tiradentes serão integrados à Estação Dom Pedro II do Metrô, viabilizando a construção de um terminal intermodal.

Complementando a requalificação da área, serão feitas obras de drenagem. Lagoas de retenção serão construídas para captar água da chuva e evitar inundações. Ao longo desse sistema, um amplo boulevard com cafés e restaurantes conectará o futuro terminal intermodal à região da 25 de Março.

Material de demolição é usado em recapeamento de vias

O entulho produzido com a demolição dos edifícios São Vito e Mercúrio está sendo transformado em “asfalto ecológico”. Trata-se de uma técnica que retira as ferragens contidas nas estruturas de concreto e utiliza o residual em camadas de reforço do pavimento de vias da cidade. A iniciativa minimiza os impactos ecológicos e representa economia de até 30% com relação ao uso de asfalto convencional. Com esta técnica, a Prefeitura deve asfaltar mais de 41 mil m² de vias.