Prefeito cria Prêmio Luiza Mahin em São Paulo

Honraria será dada a mulheres que que lutam pela inclusão social e a luta antidiscriminatória na cidade de São Paulo

O prêmio Luiza Mahin entrou em vigor através de decreto no dia 15 de abril. O título será concedido a sete mulheres negras comprometidas com a valorização da cultura negra. A responsável pela premiação é a Coordenadoria de Assuntos da População Negra (CONE), da Secretaria de Participação e Parceria (SMPP).

A premiação é uma homenagem ao Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe, e será concedida a mulheres escolhidas a partir de indicações feitas por entidades ligadas ao movimento social negro e às redes sociais negras. A preferência é pelas mulheres que lutam pela inclusão social e a luta antidiscriminatória.

As vencedoras ganham um diploma confeccionado em impresso próprio e uma estatueta estilizada simbolizando Luiza Mahin. A entrega das honrarias será realizada pelo prefeito ou por delegação deste ao secretário da SMPP, em cerimônia pública, e vai ocorrer todo dia 25 de julho. Além disso, as premiações decorrentes serão registradas em livro próprio, denominado Livro Tombo de Registro do Prêmio Luiza Mahin, que será assinado pela homenageada.

Luiza Mahin

Mulher negra, nascida do séc XIX, da tribo Mahin, trazida para Bahia como escrava. Liderou a Revolta dos Malês, uma das maiores rebeliões de escravos ocorridas em solo baiano. Caso o levante dos Malês tivesse sido vitorioso, Luísa teria sido reconhecida como Rainha da Bahia.

Ela foi surpreendida com seu grupo pela força policial, obrigados a se lançarem em combate foram derrotados. Luiza e outras lideranças conseguiram escapar da perseguição, partiu para o Rio de Janeiro, deixando seu filho, Luis Gama - com apenas cinco anos de idade -, aos cuidados do pai.