Projeto amplia as articulações da Prefeitura com empresas e ONG

São Paulo Integra capacita articuladores de núcleos de integração comunitária em todas as subprefeituras

Reunir em cada subprefeitura um grupo de profissionais para coordenar ações de várias áreas em conjunto e facilitar a articulação entre os três setores da sociedade - governo, empresas e ONGs - e a população. É assim que funciona o programa São Paulo Integra. A partir da criação de núcleos de integração em todas as subprefeituras, com profissionais das áreas de saúde, de assistência social e de educação, será possível desenvolver ações comunitárias coordenadas. A capacitação dos participantes dos núcleos começa nesta quinta-feira, dia 17, com apoio da ONG Cidade Escola Aprendiz.

No curso, que dará formação de educadores comunitários, os articuladores aprofundarão os conhecimentos nos conceitos que envolvem o projeto São Paulo Integra por meio de seminários, apresentação de conceitos e práticas de educação comunitária e troca das experiências e atividades realizadas em cada região.

"O papel da subprefeitura vai além da execução de serviços - que é o básico a ser oferecido. Articular com as comunidades e oferecer ferramentas para que estas sejam os principais agentes de mudança social é um dever que será reforçado com o programa", explica o subprefeito da Sé e secretário da Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo.

Com a formação deste núcleo, a Coordenação de Projetos Comunitários da Secretaria da Coordenação das Subprefeituras dá todo suporte para que o grupo possa ser o gestor de articulação de cada subprefeitura, fortalecendo a participação popular e possibilitando uma integração entre as ações da Prefeitura na região. Como exemplos bem-sucedidos de ações integradas, durante o mês de julho, os subprefeitos conheceram detalhadamente os projetos O Centro pode ser uma sala de aula e Ampliando o Olhar Educativo sobre os serviços socioassistenciais, desenvolvidos pela Subprefeitura da Sé, que trabalham dentro do conceito de integração entre secretarias. Além do projeto São Paulo Integra, as subprefeituras também receberam orientações para a implantação da Zeladoria Urbana, projeto que começou em março, no Centro, no qual estudantes de Arquitetura vão a campo para verificar a situação da região, trazendo à Subprefeitura demandas dos espaços públicos, para que as providências possam ser tomadas com maior agilidade.

Para a implantação do projeto, a equipe que coordena o São Paulo Integra realizou um estudo inicial de cada região. "Fizemos um levantamento com algumas possibilidades de locais e entidades das regiões que poderiam se fornar parceiros em projetos das subprefeituras", explica a coordenadora de Projetos Comunitários da Secretaria da Coordenação das Subprefeituras, Olga Arruda.

O CENTRO PODE SER UMA SALA DE AULA
Criado em 2005, o projeto O Centro Pode ser uma Sala de Aula virou referência e se tornou uma das políticas públicas da Prefeitura de São Paulo. O projeto, iniciativa da Subprefeitura da Sé e da Secretaria Municipal de Educação, tem como parceiros a Comgás, a ONG Cidade Escola Aprendiz e a Casa Redonda Produções e amplia a carga horária escolar com atividades que incluem ópera, concerto de música, visitas a bibliotecas, parques, museus, exposições, cinema e roteiros históricos.

Com objetivo de formar conhecimento por meio da prática, a partir de uma visão de escola como parte integrante na vida da comunidade, o projeto levou no ano passado 10 mil alunos da região central para conhecer os equipamentos culturais que ficavam próximos às escolas, como a Pinacoteca do Estado, Museu de Arte Sacra, prédio do Banespa, Edifício Martinelli, Centro Cultural São Paulo, Biblioteca Mário de Andrade, Cemitério da Consolação, Theatro Municipal, entre outros. Além disso, 40 professores da rede municipal da região da Subprefeitura da Sé receberam certificados de capacitação de educador comunitário. Neste ano, mais de 7.500 alunos já participaram dos roteiros educativos e 60 professores participam de capacitações.

AMPLIANDO O OLHAR EDUCATIVO
Além do O Centro pode ser uma sala de aula, em 2006, a Coordenação de Projetos Educacionais da Sé começou a desenvolver o Ampliando o Olhar Educativo sobre os serviços socioassistenciais, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, que leva formação para os educadores dos núcleos socioeducativos e casas de acolhida do Centro, sensibilizando estes profissionais e oferecendo atividades para os jovens atendidos por estas instituições. A intenção é que esses educadores despertem a curiosidade dos mais de 3.200 jovens das casas de acolhimento e núcleos socioeducativos da região. Para facilitar esta sensibilização, as parcerias são fundamentais. De junho a agosto, a equipe disponibilizou para jovens e educadores mais de 1.500 convites para teatro, cinema e circo, além de oferecer passeios ecológicos e palestras de educação sexual a outros mil adolescentes.

ZELADORIA URBANA
Desde março, quando foi implantado, o programa Zeladoria Urbana já diagnosticou mais de 2 mil demandas na região central. O projeto, no qual estudantes de Arquitetura vão a campo para verificar a situação do Centro de São Paulo, transforma estes jovens em agentes da mudança, trazendo à Subprefeitura demandas dos espaços públicos, para que as providências possam ser tomadas com maior agilidade. Os estudantes percorrem microrregiões registrando todas as ocorrências. Depois da supervisão, os estagiários fazem relatórios diários e encaminham para providências dos setores responsáveis. O trabalho da zeladoria é constante e, além das irregularidades, os estudantes também fazem o acompanhamento para saber se as demandas anteriores foram corrigidas.

Serviço
Formação dos articuladores dos núcleos de integração comunitária do projeto São Paulo Integra
Quando: 17 de agosto
Horário: das 8h30 às 12h30
Onde: Faculdades Sumaré - Rua Capote Valente, 1.121