O Casarão das Muletas, como é conhecido, o imóvel localizado na rua Arthur Prado, 186, no bairro da Bela Vista, centro de São Paulo, deverá ser demolido nos próximos dias devido à liminar concedida pela juíza Adriana Del Compari Maia da Cunha, por correr risco de desabamento iminente, o que pode acarretar prejuízos ao patrimônio público e à segurança das pessoas.
Desde o dia 13 de janeiro, alguns pedaços da estrutura do casarão caíram e, em razão disso, a prefeitura foi acionada e acionou a Defesa Civil para o local.
Visualmente, identificou-se problema na estrutura e a Subprefeitura Sé enviou um engenheiro, no próprio sábado, interditou o corredor da garagem e o quarto do primeiro andar do prédio ao lado, e marcou uma vistoria para o casarão na segunda-feira (15).
Durante a vistoria, feita por engenheiro da própria Sub-Sé, identificou-se a gravidade e o imóvel foi totalmente interditado.
Na terça-feira (16), por acionamento da Sub Sé, os engenheiros fizeram uma vistoria técnica mais detalhada para confecção de laudo do casarão. Ficou constatado que a construção poderia entrar em colapso, ou seja, não tem mais recuperação.
O laudo ficou pronto na sexta-feira (19) à noite. No dia 22, com base nas informações contidas nele, consultou-se o DPH (Departamento do Patrimônio Histórico) e COMPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), que já se manifestaram pelo dano irreversível, ou seja, sem possibilidade de recuperação/restauração, e liberaram para a demolição.
Foi realizada uma reunião com os moradores do prédio vizinho para posicioná-los de todas as ações para resolver o problema. Diante da gravidade da situação, a Subprefeitura Sé se antecipou com um processo de contratação emergencial de uma empresa para a demolição, após receber o laudo técnico elaborado por uma firma contratada pela Secretaria Municipal de Subprefeituras (SMSUB).
Quando a liminar deferiu a tutela de urgência e determinou que iniciem o procedimento de demolição, a subprefeitura, plenamente ciente do prazo estabelecido por ordem judicial, vem diligenciando ativamente para cumprir a determinação judicial. As negociações para a contratação do serviço estão em estágio avançado, incluindo a obtenção de orçamentos de empresas especializadas no setor.
Na quarta-feira (31) ocorre a assinatura do termo contratual com a empresa prestadora de serviços responsável pela demolição do casarão, nesta mesma data, as tratativas com a ONG responsável pela retirada dos animais também seguem em negociação.
Reiteramos nosso compromisso com a resolução célere desta questão, priorizando a demolição urgente do imóvel para garantir a segurança e o bem-estar da comunidade.