O prefeito Fernando Haddad anunciou ontem (16), em entrevista coletiva, novas medidas de atendimento para a população em situação de rua de São Paulo. Nas próximas semanas a rede será ampliada com quatro tendas de acolhimento provisórias nas regiões da Sé, Anhangabaú, Glicério e Mooca, com 250 vagas cada. Além disso, um decreto tornará claras as regras para as ações de zeladoria.

Segundo o prefeito, além das camas e refeições, o diferencial dessas tendas será a integração da SMADS com a Saúde, que terá profissionais em tempo integral nas estruturas. “A gente entende que a Saúde e a Assistência Social têm que se aproximar nesse momento em função de enfermidades prévias que algumas dessas pessoas têm e que são agravadas pela questão das baixas temperaturas”, disse.

A abertura desses quatro espaços não se dá pelo esgotamento das vagas nos Centros de Acolhida, mas sim para tentar aproximar essas pessoas dos serviços públicos e tirá-los da rua. Além das 10 mil vagas fixas em 80 centros de acolhida, desde o dia 16 de maio, quando foi iniciada a Operação Baixas Temperaturas, o município criou mais 1.500 vagas em 14 abrigos emergenciais espalhados por regiões como Capela do Socorro, Itaim Paulista, Mooca, Pirituba e Sé.

“O que percebemos é que era preciso um espaço mais livre e mais aberto. Então, as Tendas não estão sendo abertas em razão do não atendimento da população, mas sim em um processo de busca de inovação e identificação de soluções dos problemas reais”, disse a secretária Luciana Temer.

Uma das novidades dessas quatro tendas é que os cãezinhos dos moradores em situação também serão acolhidos em um espaço especifico para eles. “Vamos ter uma espécie de canil adaptado, com as regras do CCZ, reconhecidas nacionalmente e internacionalmente para acolher esses animais da melhor forma”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha.
 

 

Fonte: Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social