São Paulo imuniza mais de 1 milhão de pessoas na primeira semana de vacinação contra a H1N1

De 11 a 15 de abril foram aplicadas 1.032,004 doses de vacina para crianças, gestantes, idosos, população indígena e carcerária, e profissionais da saúde

A Secretaria Municipal da Saúde divulgou dados da 1ª etapa da campanha de vacinação contra a gripe H1N1 2016 neste sábado (1), durante a visita do secretário Alexandre Padilha à Instituição de Longa Permanência de Idosos Canindé, zona Norte da capital, para o início da imunização em instituições geriátricas. De 11 a 15 de abril foram aplicadas 1.032,004 doses de vacinas em crianças, gestantes, idosos, população indígena e carcerária e profissionais da saúde, representando 40% da população considerada prioritária de acordo com os protocolos da Organização Mundial da Saúde.

O secretário municipal da saúde Alexandre Padilha apresentou o balanço da primeira semana de vacinação dos grupos prioritários e informou sobre o início da campanha para pacientes com doenças crônicas. “Nós chegamos a ter, em média, 300 pessoas sendo vacinadas por minuto, nas 453 UBS da cidade de São Paulo. Existe uma grande mobilização e conscientização sobre a importância da prevenção, e é importante reforçar que os idosos, crianças e gestantes devem procurar as unidades, a vacina não oferece nenhum risco para a gestante ou o bebê, pelo contrário, é uma proteção. A partir da próxima segunda-feira (18) a campanha será intensificada com a imunização de pessoas com doenças crônicas”, afirmou Alexandre Padilha.

As 453 UBS do município participam da campanha de vacinação de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, e as 87 AMA/UBS Integrada também aplicam a vacina no sábado até o dia 30 de abril. Para evitar o tempo de espera, a orientação é procurar a unidade no fim da manhã e da tarde. Dentre as 1.032,004 doses aplicadas, foram 229 mil para crianças de 6 meses a menores de cinco anos (33,3% de cobertura), 268 mil em profissionais da saúde (proteção para 76,3% do grupo), 37 mil em gestantes (28,7%), 1,9 mil mulheres que tiveram filho recentemente (9,2%), e 491 mil doses para idosos (36,3%), representando 40,4% do total de pessoas consideradas dentro do grupo prioritário.

Padilha alertou para os riscos do uso indiscriminado de remédios e reforçou a necessidade de vacinação para pessoas de 60 anos ou mais. “Nunca vacinamos tanto em tão pouco tempo, mas é necessário reforçar a importância da imunização, pois até o momento apenas 36% dos idosos, que é um grupo muito vulnerável, foram vacinados. Também é importante esclarecer que nem toda gripe ou resfriado é H1N1, a maior parte dos casos não são H1N1 e com baixo risco de desenvolver quadro grave. O melhor lugar para tratar gripes e resfriados é na UBS e em casa, com alimentação adequada e hidratação. Os medicamentos (Oseltamivir/Tamiflu) só devem ser utilizados mediante prescrição médica, o uso abusivo do remédio provoca resistência no organismo e a indicação deve ser feita apenas para quadros graves de gripe e febre constante por mais de dois dias, queda na pressão e dificuldade de respirar e pacientes com sintomas de gripe normal, mas que fazem parte dos grupos prioritários”, explicou o secretário.

A Instituição de Longa Permanência de Idosos Canindé é localizada ao lado da UBS/AMA Pari e abriga 49 moradores com perfil de dependência, com o apoio assistencial de médicos, nutricionistas, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e fisioterapia, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social.

Saúde em movimento

Dona de cinco gatos, a diretora da Escola Estadual Franco Vacci Letícia de Andrade Ferreira solicitou e a Coordenação de Vigilância em saúde realizou o primeiro mutirão para castração de cães e gatos na região da Pedra Branca/Mandaqui (região Norte), neste sábado (16). Previamente inscritos, 27 gatos e 125 cachorros passaram por intervenção cirúrgica, emissão de registro do animal e microchipagem.

“Vi o mutirão de castração em outra escola em 2015 e quis trazer para a nossa também. A adesão dos moradores vizinhos da escola é muito bacana e revela que precisávamos de um mutirão aqui. Tenho cinco gatos e hoje dois vão sair castrados”, justificou Letícia.

Marta Schiavone Cardoso de Andrade é subgerente de controle reprodutivo de animais do município de São Paulo e falou sobre a importância da ação. “O programa de castração do município envolve um contrato com ong’s e clínicas veterinárias tem como objetivo o controle de doenças e agravos, visando a saúde humana. A ação de castração previne o abandono de animais em áreas com risco de atropelamento, agressão e transmissão de doenças”, explicou.

"É uma ação muito importante, que pensa na saúde pública como um todo. A saúde animal faz parte da saúde pública, poder permitir que a população faça a castração dos animais de forma gratuita e a emissão do registro geral do animal também ajuda na localização e em como acionar os proprietários em casos de maus tratos. No mutirão o animal que passa pelo procedimento de castração também recebe a micro-chipagem e vacinação contra a raiva, como um incentivo à posse responsável", afirmou o secretário Alexandre Padilha.

Professor de educação física, João Brinkmann aproveitou o mutirão para castrar a pitt bull Kira e o dogo argentino Chicão. “Eu estava voltando do trabalho e vi a faixa informando sobre o mutirão, então desci e busquei informações e dei o nome dos dois para a lista de castração. Foi tudo muito rápido. Os dois animais ficam em espaços separados para evitar conflitos, principalmente durante o cio, então acredito que a partir de agora a Kira vai ficar mais tranquila”, disse João.

As ações do saúde em movimento do dia também contou com visita e conversa com usuários e profissionais da saúde da UBS/AMA Integrada Lauzane Paulista, região Norte.

 

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde