Todo cuidado é pouco! E devem ser recorrentes com o mosquito transmissor do vírus da dengue e de outras doenças como: febre amarela, zika vírus, chikungunya, em todas as estações do ano. Dessa forma, a conscientização, informação e ação se tornam os principais caminhos no combate à proliferação do mosquito e, coordenadores, professores e alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pedro Teixeira, no Sítio Casa da Pintada, sabem da relevância de ações transformadoras em conjunto com a comunidade.

A instituição recebeu os agentes de saúde para uma exposição aos alunos sobre os animais sinantrópicos (animais que se adaptam à vida urbana e que podem trazer doenças ao ser humano), além de atividades multidisciplinares envolvendo todas as salas de aulas, como explica a coordenadora da unidade Thais Massambani. “Fizemos uma oficina com os professores para ensiná-los a fazerem os repelentes caseiros. Também realizamos uma mobilização com as crianças dentro da unidade com o intuito de que conheçam as causas e prevenções, com atividades lúdicas, exibição de vídeos e exposição dos agentes da saúde”.

_{Foto: André Felipe}

Entender o que acontece no entorno da comunidade foi uma das preocupações do corpo docente, já que o que se faz na escola pode ser uma extensão da vida. “É de suma importância, pois eles precisam ter a consciência de que devem manter os locais limpos, sem água parada, para evitar a proliferação do mosquito”, comenta a também coordenadora da unidade Lucicley Alves Correia Machado.

Não só uma extensão para a vida, mas também para a comunidade. Além dos alunos desenvolverem as atividades dentro da sala de aula, expandiram as informações passando de casa em casa e em estabelecimentos comerciais, observando possíveis focos da doença e externando todo o conteúdo adquirido na escola para a vizinhança.

_{Foto: EMEF Pedro Teixiera/ Divulgação}

DENTRO DA SALA DE AULA

A metodologia foi pensada em conjunto pelo corpo docente, com exercícios escritos e atividades didáticas por meio da música, explanações em vídeo, oficinas para criação de mosquitoeiro com materiais recicláveis, foram aplicados voltados para a temática em todas as disciplinas no combate e conscientização da doença. A teoria é aliada à prática no intuito de incluir os alunos no processo de aprendizagem. “A gente partiu do princípio de que eles já conheciam para montar um mapa conceitual. Um trabalho colaborativo de duas turmas que fizeram recrutamento daquilo que já conhecem com um pouco de pesquisa para no fim, o trabalho ser exposto”, explicou a professora de informática educativa Erika Sayuri Ueda.
Na disciplina de língua portuguesa, por exemplo, os alunos tiverem que criar uma história a partir de uma sequência em quadrinhos para explicar sobre os riscos da dengue e não foi somente isso. “Fizemos uma leitura de uma notícia e colhi depoimentos dos alunos sobre se eles já tiveram a própria doença ou algum familiar”, conta a professora de português Luciana Rodrigues Zampiere.

_{Foto: André Felipe}

E a atividade surtiu efeito, a aluna do oitavo ano Beatriz Laia, de 14 anos, compreendeu que o espírito coletivo no combate é essencial. “A gente pode passar isso adiante para ajudar... Aprendi que não é bom nem para mim e nem as pessoas que estão ao meu lado”.

As ações no Sítio da Casa Pintada ocorreram em diferentes frentes junto à Subprefeitura, UVIS, Defesa Civil, Corpus, UBS Sítio da Casa Pintada nos dias 07 e 08 de junho, mas na EMEF Pedro Teixeira foram intensificadas e as inspeções e verificações são rotineiras. Uma prática constante na política da escola, visando o bem-estar dos alunos e dos que integram a comunidade.