Conselho Tutelar de S. Miguel promove reencontro entre família e criança desaparecida

O conselho tutelar de São Miguel Paulista foi comunicado pelo 22º DP que lá estava uma criança de 11 anos de idade, que havia sido encontrada à noite perambulando pelas ruas do bairro.

Os representantes do Conselho Tutelar, juntamente com a Defesa Civil de São Miguel, dirigiram-se até o distrito policial e souberam que haviam sido feitas tentativas de localização da família, mas a criança se negava a dar as informações necessárias para a realização da busca. As únicas informações fornecidas pela criança eram a de que ele era morador do bairro Tatuapé, que não freqüentava a escola e que havia sofrido um acidente de moto e por conta disso perdido a memória, não podendo por isso ajudar os policiais no fornecimento de informações para as buscas.

O Conselho Tutelar percebeu a inviabilidade de continuar com as indagações ao garoto e resolveu dar outro rumo às investigações. Passou a fazer buscas pela família em hospitais, postos de saúde e delegacias. Quando os representantes do Conselho já estavam perdendo as esperanças de encontrar a família do garoto, resolveram como última tentativa, pedir ao próprio garoto que escrevesse seu nome, para que através disso pudessem obter alguma informação que contribuísse na solução do caso. Através da escrita, descobriram que, ao contrário do depoimento do menino, ele havia sim freqüentado escola e portanto a escola seria uma nova fonte de informação no levantamento da vida do garoto.

Após escrever seu nome, a criança escreveu o nome completo da mãe, do pai e do padrasto, o que facilitou o desenrolar da busca. Os conselheiros fizeram em parceria com a Coordenadoria de Educação pesquisas em todas as escolas municipais e intermunicipais e descobriu que a criança freqüentava uma escola em Itaquaquecetuba e estava desaparecido de casa há 15 dias.

A família do garoto já havia tentado encontrá-lo de várias formas, e já não tinha mais esperanças de encontrar o filho, quando os conselheiros os contataram e devolveram a criança ao lar.

Todo o trabalho foi desenvolvido durante um dia, período em que todos os representantes do colegiado voltaram sua atenção para a solução do problema.

Casos como esse fazem parte da rotina de trabalho dos conselheiros de São Miguel Paulista que tem como filosofia a tentativa de reintegração da criança à família, sendo o abrigo a última alternativa a ser cogitada, “é uma função difícil, mas mão impossível”, diz Gildete Bueno, conselheira, reafirmando a importância da ação do colegiado.