Estufa escola produz mudas orgânicas

A Subprefeitura São Mateus e a Associação dos Agricultores da Zona Leste (AAZL) firmaram uma nova parceria com o objetivo de reativarem as atividades da estufa que está localizada na rua Gregorio Lazzarini, 254. Essa estrutura foi possível a partir do programa Escola Estufa Lucy Montoro, criado em 2008, para estimular a produção de hortaliças e vegetais, plantas aromáticas, espécies para paisagismo, além de retomar o conceito de hortas comunitárias, além de possibilitar aos participantes o aumento de renda e a melhora da alimentação, promovendo ainda uma reeducação alimentar.

dentro de uma estufa coberta vários canteiros com mudas pequenas de hortaliças, em pequenos quadrados de madeira. Alguns ainda estão sem plantas.

A parceria entre subprefeitura São Mateus e Associação dos Agricultores da Zona Leste vem de quase uma década, desde a sua formação em 2009. De lá pra cá, muitas coisas foram conquistadas, sendo as mais recente a declaração de conformidade orgânica para 12 de seus associados, fato novo para uma associação de agricultores na cidade, que é pioneira em agricultura urbana em São Paulo.

Em 2018, a subprefeitura ampliou a parceria com a AAZL e apoiou um novo projeto: a produção de mudas orgânicas com o objetivo de fornecer, a princípio, aos agricultores que participam da associação. Essa iniciativa pretende melhorar o acesso às mudas que vão qualificar a produção. A estufa onde estão produzidas foi cedida também em parceria com a Secretaria Municipal do Trabalho, via Coordenadoria de Segurança Alimentar e Abastecimento.

Diversos canteiros com mudas de hortaliças, plantadas em bandejas com pequenos quadrados de madeira. As cores se destacam, entre o verde claro da alface, tons arrocheados, da beterraba e verde mais escuro, de outrop tipo de hortaliça.

Pensando assim, a AAZL escreveu um projeto para o Fundo Socioambiental CASA, uma organização não governamental, sem fins de lucro, que financia pequenos projetos, e fortalecimento de capacidades, para iniciativas socioambientais de ONGs e grupos comunitários na América do Sul, de forma a dar apoio a muitos projetos com pequenos valores ao invés de apoiar poucos projetos com grandes valores. Estes pequenos investimentos, aliados a uma visão integrada do território, geram impactos significativos e de forma distribuída. O recurso é repassado diretamente para a instituição realizadora e acompanhado de perto através de relatório e visitas inloco.

A gestão de despesas com a produção é uma preocupação da equipe técnica da Associação, “com esse projeto pretendemos colaborar com o planejamento de plantio, reduzir custos na obtenção das mudas e com incentivo da Prefeitura de São Paulo queremos ampliar o projeto e fornecer mudas e insumos para outras inciativas de plantio na região”, afirma Andreia Perez Lopes, Diretora Financeira da AAZL.

Para Andreia, tudo isso reforça a imagem de São Mateus como distrito pioneiro na prática da agricultura orgânica na Zona Leste, pois através dela contribuímos com a promoção da segurança alimentar e nutricional de nossa população, geramos oportunidades de emprego e renda, além de dar uma contribuição na paisagem do bairro, com locais bem cuidados atraímos a atenção das pessoas que passam a colaborar com a preservação do local, também ajuda na regulação do microclima, barragem de ruídos, manutenção da biodiversidade, entre outros benefícios.