Piscinões estão limpos, para enfrentar a temporada de chuvas

Maior parte da manutenção é feita no período de estiagem, quando há segurança na movimentação de máquinas

O Piscinão Caaguaçu, o maior da nossa região, fica entre a Avenida Ragueb Chohfi e as ruas do Triunfo e das Estrelas, no Parque Boa Esperança. Beneficia 250 mil pessoas e tem capacidade de reserva de 310 mil metros cúbicos, o equivalente a 124 piscinas olímpicas. Está sendo limpo com máquinas e retirada de terra do leito, o mato nas laterais é roçado e os detritos levados para aterros.

Os piscinões que, grosseiramente, podem ser definidos como represas feitas no leito dos córregos, ou nas laterais, para segurar o excesso de água, que iria invadir ruas e casas. Na cidade de São Paulo, foram construídos a partir da década de 1990. Essas represas são esvaziadas aos poucos, para que os piscinões voltem a ficar vazios e a encher na próxima chuva.

São Mateus, por ser a cabeceira de vários córregos que vão formar o rio Aricanduva, que depois deságua no Tietê, foi a região escolhida para um número razoável deles. São seis piscinões – Aricanduva I, II e III, Caaguaçu, Limoeiro e Inhumas – com capacidade total de armazenamento de 1 milhão 160 mil metros cúbicos de água. Só para se ter uma ideia, uma caixa d’água padrão armazena um metro cúbico, ou mil litros.

A manutenção e limpeza devem ser feitas nos meses sem chuva, quando as máquinas pesadas e caminhões podem se movimentar no leito do piscinão e retirar a terra seca, com menor peso e volume, o que representa economia de combustível, viagens e horas de trabalho das equipes. Além da lama que se acumula no fundo, uma enorme quantidade de lixo e detritos é retirada dos piscinões. O mato precisa ser cortado e retirado.

Piscinão Inhumas - localizado entre a Rua Central de Santa Helena e a Avenida Rio das Pedras, beneficia 40 mil pessoas, tem capacidade de reserva de 100 mil metros cúbicos. A equipe de limpeza trabalha na preparação desse reservatório o período das enchentes.

De janeiro até outubro deste ano foram retiradas, na limpeza dos reservatórios, um total de 87.132 toneladas de detritos e terra, para que a capacidade de armazenamento se mantenha inalterada.

Nos seis piscinões, é possível verificar que a situação desses reservatórios seria muito melhor se a população colaborasse e mantivesse as margens dos córregos limpas. É possível ver uma grande quantidade de lixo, pedaços de móveis e pneus velhos que rodaram na enchente e pararam nos piscinões. O volume que eles ocupam poderia estar, na mesma proporção, cheio de água, na hora da enchente. Se a água não encontra lugar para formar a represa, vai provocar enchente, mais abaixo.

Essa sujeira descartada de forma irresponsável representa gastos para a Prefeitura de São Paulo na limpeza, uso de máquinas e mão de obra, que poderiam estar prestando outros serviços para a cidade. Fica o alerta para a população: descarte lixo ou entulho nos locais certos, pois essa sujeira deixada às margens de córregos é uma das principais causas das enchentes e inundações.

Piscinão Aricanduva II - localizado entre a Avenida Ragueb Chohfi, Rua Tamandiba e o córrego Aricanduva, beneficia 25 mil pessoas, tem capacidade de reserva de 150 mil metros cúbicos. A equipe de limpeza trabalha no corte de mato das laterais e no aterro do reservatório.

A melhor solução para isso é colocar o lixo doméstico na rua, respeitando o horário e dia do caminhão de coleta passar. O entulho, até a quantia de 1 m³, pode ser levado a um ecoponto, para descarte gratuito

Na área da Subprefeitura São Mateus, existem quatro pontos de coleta.